A superfície do Sol (ou fotosfera) tem cerca de 5500 graus Celsius. Sua atmosfera superior, no entanto, mesmo estando mais longe do núcleo, é centenas de vezes mais quente e podendo atingir temperaturas entre 1,8 a 3,6 milhões de graus Celsius. Essa diferença de temperaturas sempre levantou questionamentos entre os pesquisadores, mas agora um novo estudo parece ter encontrado a solução.
A atmosfera superior do Sol, também conhecida como coroa solar, é composta de gás ionizado, o plasma, e é onde se originam fenômenos climáticos como erupções e ventos solares. Quando esses eventos acontecem podem trazer consequências para Terra, mas até então não se sabia o que deixava essa região do Sol tão quente.
Observando as flutuações do Sol
O novo estudo publicado recentemente na revista Nature Communications analisou algumas das oscilações de torção sem decaimento de baixa amplitude, que geralmente acontecem em loops ou arcos coronais no Sol para tentar solucionar o problema.
Essas oscilações são relativamente fracas e geralmente se iniciam na superfície do Sol e se estendem até a atmosfera, no entanto elas não perdem muita energia durante as flutuações, fazendo com a coroa fique carregada.
A partir de observações feitas pelo Solar Orbiter, da ESA, e pelo Solar Dynamics Observatory, da NASA, os pesquisadores conseguiram analisar a partir de vários pontos de vista a forma como os loops e arcos coronais ondulavam. Isso permitiu que fossem avaliados a origem e a quantidade de energia que eles carregavam.
Os pesquisadores descobriram que quase todas as oscilações se movem na mesma direção. Em resposta ao Space.com, o físico, Valery Nakariakov, coautor do estudo, explicou que essa descoberta sugere que as flutuações estão provavelmente ligadas a fluxos de longa duração na fotosfera, que atinge a coroa solar e a aquece.
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Fonte: Olhar Digital
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