A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai investigar a radiação emitida pelos modelos de iPhone 12 vendidos no Brasil. A medida vem após um órgão de vigilância da França suspender as vendas do celular por lá.

Para quem tem pressa:

A área responsável está se reunindo com os organismos de certificação e laboratórios e organizando uma supervisão de mercado, informou a agência brasileira ao InfoMoney. “A gerência entrará em contato com o órgão regulador francês para saber mais informações e acionar a fiscalização”, acrescentou.

Em relação à como a fiscalização seria feita e quando deve começar, a Anatel informou que está em “fase de conversações”.

Radiação no iPhone 12

Homem segurando iPhone 12 mini
(Imagem: Trusted Reviews)

Após fazer dois testes no celular da Apple, lançado em 2020, a Agence Nacional das Fréquences – a Anatel da França – apontou que a Taxa de Absorção Específica (SAR, na sigla em inglês) estava acima do permitido. E a Anatel informou que adota o mesmo padrão europeu: de 2 W/kg (Watts por quilo).

Esse dado representa a taxa de energia eletromagnética emitida por aparelhos de comunicação sem fio (celulares e tablets, por exemplo), que o tecido biológico do nosso corpo absorve, segundo a agência brasileira.

No que diz respeito à radiação, até hoje estudos não encontraram efeitos adversos para a saúde causados pela utilização de celulares e outros tipos de aparelho eletrônico, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Apple contestou a decisão do governo francês e alegou que vários órgãos internacionais certificaram o iPhone 12 como compatível aos padrões globais de radiação. A empresa acrescentou que forneceu resultados de laboratórios próprios e de terceiros que comprovam a conformidade do aparelho às regras da França.

A companhia também anunciou recentemente que vai lançar uma atualização de software para quem usa iPhone 12 na França. O governo francês saudou a medida e disse que vai testar a atualização.