O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou críticas aos Estados Unidos durante seu discurso inaugural na 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Embora não tenha mencionado o país diretamente, Lula abordou as sanções ao jornalista Julian Assange e o embargo econômico contra Cuba. Ao discutir Assange, ele enfatizou a importância da liberdade de imprensa e da batalha contra a desinformação. Lula afirmou: “É crucial preservar a liberdade de imprensa. Um jornalista como Julian Assange não deve ser penalizado por fornecer informações à sociedade de maneira transparente e legítima. Nossa luta é contra a desinformação e os crimes cibernéticos”.
Assange, atualmente sob custódia da Polícia de Londres, fundou o WikiLeaks em 2006 e ganhou destaque ao publicar uma série de documentos sigilosos dos Estados Unidos. Em outro momento de seu discurso, Lula também contestou a manutenção do embargo econômico a Cuba e a divisão do mundo em zonas de influência. Ele afirmou: “O Brasil continuará denunciando medidas tomadas sem base na Carta da ONU, como o embargo econômico e financeiro imposto a Cuba e a tentativa de rotular esse país como Estado patrocinador de terrorismo. Continuaremos a nos opor a todas as tentativas de dividir o mundo em zonas de influência e de reeditar a Guerra Fria”.
Posteriormente, Lula criticou o Conselho de Segurança da ONU, argumentando que o grupo está perdendo credibilidade devido às ações de seus membros permanentes e defendeu uma reforma. Ele declarou: “O Conselho de Segurança da ONU está progressivamente perdendo sua credibilidade. Essa fragilidade é decorrente, principalmente, das ações de seus membros permanentes, que travam guerras não autorizadas em busca de expansão territorial ou mudança de regime. Sua paralisia é a prova mais clara da necessidade e urgência de reformá-lo, conferindo maior representatividade e eficácia”.
Fonte: Jovem Pan News
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