“Tudo no PSG é voltado para a Liga dos Campeões”, disse certa vez Mauricio Pochettino, ex-técnico da equipe parisiense. A obsessão do clube francês pelo principal título da Europa, porém, parece ter deixado o clube junto com Neymar e Messi. Ao menos no discurso do elenco que começa, nesta terça-feira, a escrever um novo roteiro para essa história.
Na entrevista coletiva prévia ao encontro com o Borussia Dortmund, o técnico Luis Enrique e o capitão Marquinhos falaram, com veemência, que não existe qualquer obsessão no clube pelo torneio.
“A Champions não é uma obsessão, não existe essa pressão. O clube está determinado a vencer todos os torneios, inclusive esse”, garantiu o defensor.
Luis Enrique foi na mesma linha, para tirar também a pressão das costas dos jogadores e tentar mudar, mesmo que no discurso, um pouco da mentalidade dentro do clube.
“Quando um clube está com alguma obsessão, não é nunca um bom sinal. Você tem que ter sempre ambição, mas obsessão não funciona em nenhuma área da vida”, declarou o técnico.
“Você tem de esperar e ver como a competição vai se desenrolar. O futebol é um esporte maravilhoso, qualquer resultado é possível. Você pode jogar de forma magnífica e perder, jogar mal e vencer. Como clube, nós jogamos todas as competições para vencer, esse é o objetivo final”, completo.
Luis Enrique volta a uma Champions após seis anos. O técnico, diferente de Marquinhos, que nunca venceu o torneio, foi campeão com o Barcelona em 2015.
O PSG que começa esta Liga dos Campeões no Parque dos Príncipes, nesta terça, promete muitas caras novas. Sem Neymar, Messi e também Verratti, a equipe passou por uma grande reformulação.
Na própria linha defensiva, Lucas Hernández, ex-Bayern, e Milan Skriniar, ex-Inter, foram boas aquisições. Ugarte é a principal novidade no meio, mas foi o ataque que acabou sendo o foco do investimento, apesar de a principal estrela seguir sendo Mbappé.
Só Kolo Muani, francês ex-Eintracht Frankfurt, custou 95 milhões de euros. Bradley Barcola, revelação do Lyon, foi um investimento que pode chegar aos 50 milhões de euros, mesmo valor gasto em Ousmane Dembélé. Gonçalo Ramos, português ex-Benfica, tem opção de compra de 80 milhões. O sul-coreano Kang-in Lee foi a contratação mais modéstia: 22 milhões de euros.
Falamos em quase 300 milhões de euros gastos só no ataque, com um total de investimento que pode, tranquilamente, passar de 400 milhões de euros. Diferente de antes, o PSG apostou, principalmente, em jogadores abaixo dos 26 anos. Um novo perfil de time para uma nova fase. Sem obsessão. Pelo menos é o que o clube externa publicamente. Para um final diferente, um novo discurso.
Fonte: Ogol
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