O Toyota Research Institute (TRI) está revolucionando a maneira como os robôs aprendem a realizar tarefas complexas, como preparar o café da manhã, por meio do uso da inteligência artificial (IA), como mostra um vídeo divulgado pela empresa para demonstrar a técnica inovadora de treinamento.

Em um ambiente que eles descrevem como uma “jardim de infância para robôs”, pesquisadores da TRI estão implementando técnicas que prometem eliminar a necessidade de centenas de horas de programação complexa e resolução de erros e bugs.

A chave para o sucesso desse processo é proporcionar aos robôs um sentido de tato. Ao dotá-los de uma espécie de “polegar macio”, os robôs podem “sentir” o que estão fazendo, o que fornece informações cruciais para a execução de tarefas difíceis que seriam desafiadoras de serem realizadas apenas com base na visão.

É emocionante vê-los interagindo com o ambiente ao seu redor.

Ben Burchfiel, gerente de manipulação habilidosa do Toyota Research Institute

O processo começa com um “professor” humano que demonstra uma série de habilidades aos robôs. Em seguida, ao longo de algumas horas, o modelo de IA aprende essas habilidades em segundo plano. Burchfiel acrescenta que “é comum para nós ensinarmos um robô à tarde, permitir que ele aprenda durante a noite e, na manhã seguinte, nos depararmos com um novo comportamento funcional”.

Os pesquisadores estão empenhados em criar “Grandes Modelos de Comportamento” ou LBCs (Large Behavior Models, em inglês) para os robôs. Esses modelos, semelhantes aos Grandes Modelos de Linguagem, também chamados de LLMs (Large Language Models, em inglês) usados para gerar texto humano, aprenderiam por observação e seriam capazes de realizar novas tarefas que nunca foram explicitamente ensinadas.

Russ Tedrake, professor de robótica do MIT e vice-presidente de pesquisa em robótica da TRI, explica que essa abordagem é revolucionária no campo da robótica. Usando esse processo, os pesquisadores afirmam ter treinado com sucesso mais de 60 habilidades desafiadoras, incluindo “derramar líquidos, usar ferramentas e manipular objetos deformáveis”. Eles têm como meta aumentar esse número para 1.000 até o final de 2024.

É importante notar que outras empresas de tecnologia, como o Google e a Tesla, também estão explorando abordagens semelhantes. Assim como os pesquisadores da Toyota, seus robôs usam a experiência adquirida para inferir como realizar tarefas.

Teoricamente, robôs treinados por IA poderiam, no futuro, executar tarefas com pouca ou nenhuma instrução, semelhante à orientação que se daria a um ser humano (“limpe esse derramamento”, por exemplo).

Principais conquistas

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Imagem: Toyota Research Institute / Divulgação

O Toyota Research Institute descreve as maiores conquistas de seu trabalho para desenvolvimento dos Grandes Modelos de Comportamento como as seguintes:

Muito trabalho pela frente