À medida em que a inteligência artificial (IA) avança, diversas questões surgem e exigem respostas na mesma velocidade. Uma delas é se as máquinas podem realmente tomar decisões éticas e com valores humanos. Estamos longe de uma pergunta fácil e tranquila de responder. Pelo contrário, essa é uma questão complexa que envolve considerações profundas sobre moralidade, aprendizado de máquina e o papel da tecnologia em nossas vidas.
Por isso, é necessário primeiro entender que o termo ética, derivado do grego, quer dizer “comportamento’’, ‘’hábito’’. No mundo moderno, ela é entendida como um conjunto de princípios morais que regem o comportamento de indivíduos ou grupos sociais. Com os avanços da transformação digital, a ética no mundo online também passou a surgir e consiste em garantir a segurança, a dignidade e a privacidade das pessoas no ambiente virtual, levando em consideração os valores morais e as legislações vigentes.
Portanto, embora as máquinas possam ser programadas para seguir princípios éticos e tomar decisões baseadas em regras, a questão mais profunda é se elas podem verdadeiramente compreender e incorporar valores humanos em suas decisões.
Quem se responsabiliza por uma decisão ética errada realizada pela IA?
Um dos argumentos em favor das máquinas tomando decisões éticas é que elas são capazes de análise lógica imparcial. Máquinas não têm emoções, preconceitos ou motivações pessoais, o que as torna capazes de seguir regras éticas consistentemente. Além disso, podem processar grandes volumes de dados e identificar tendências e padrões éticos com base nesses dados, o que pode levar a decisões informadas.
No entanto, muitas decisões éticas envolvem nuances e dilemas que não podem ser reduzidos a algoritmos ou análises de dados. A compreensão das emoções humanas, a empatia e a capacidade de tomar decisões em contextos complexos são características intrinsecamente humanas que as máquinas não possuem.
Tivemos um caso na Colômbia em que o juiz resolveu um caso sobre o direito à saúde de uma criança autista com a ajuda do robô ChatGPT.
Provavelmente, a tecnologia trouxe respostas baseadas nas leis e diretrizes daquele país, ou até mesmo fez uma comparação com outros casos parecidos, mas em um tribunal, ela está longe de entender e ouvir os lados das pessoas que contam suas histórias e defendem seus lados.
Sendo assim, fica claro que não se pode perguntar para uma máquina algo que só a inteligência humana é capaz decidir ou responder. Colocar a responsabilidade total nas mãos das máquinas pode trazer muito mais prejuízos do que benefícios. Afinal, quando uma máquina toma uma decisão ética errada, quem é que responde?
A IA veio para ajudar e beneficiar diversos setores. Ela pode agilizar diversos processo, além de proporcionar que as empresas trabalhem de maneira mais rápida e eficaz.
Vale destacar que os valores humanos devem estar nas mãos dos seres humanos, únicos responsáveis por suas ações.
As máquinas não devem tomar decisões sozinhas. Pelo contrário, devem trabalhar juntamente com a inteligência humana para manter decisões equilibradas e seguras.
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Fonte: Olhar Digital
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