A crise climática, desencadeada pela atividade humana, foi enfaticamente descrita como a abertura das “portas do inferno” pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, durante a inauguração da Cúpula da Ambição Climática nesta quarta-feira, 20. Secas, inundações, temperaturas sufocantes e incêndios históricos são alguns dos terríveis efeitos do calor, e a humanidade está testemunhando essas adversidades. Guterres transmitiu essa mensagem em uma reunião sem representantes da China e dos Estados Unidos, os maiores poluidores do mundo.
De acordo com o secretário-geral, nosso planeta está rumando para um “mundo perigoso e instável” com a projeção de um aumento global da temperatura em 2,8°C. No entanto, ele enfatiza que o futuro ainda não está definido e depende dos líderes. É possível limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C e criar um mundo com ar limpo, empregos e energia verdes e acessíveis para todos. Devemos superar as atrasadas ações resultantes da lentidão, pressões e ganância dos interesses enraizados que lucram bilhões com os combustíveis fósseis.
Guterres propõe um Pacto de Solidariedade Climática, instando os principais países emissores a reduzirem as emissões e apoiarem as economias emergentes nesse esforço. Em sua Agenda de Aceleração, ele busca “justiça climática”, incentivando os governos a acelerarem seus esforços para que os países desenvolvidos alcancem zero emissão líquida até 2040, e as economias emergentes, até 2050.
É fundamental que os países desenvolvidos honrem o compromisso de US$ 100 bilhões para auxiliar os países do Sul Global, reponham o Fundo Verde para o Clima e dobrem o financiamento para a adaptação. Além disso, é crucial estabelecer um sistema de alerta precoce global até 2027. Guterres concluiu ressaltando que uma Cúpula sozinha não transformará o mundo, mas pode impulsionar um momento poderoso na luta contra a crise climática.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan News
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