Um estudo recente da Universidade de Nova York revelou que, ao contrário do que se achava, a atividade cerebral continua depois de uma parada cardíaca. Isso porque o coração para de mandar sangue ao cérebro e, em teoria, o órgão deveria parar de funcionar. No entanto, a pesquisa mostrou que pacientes que sobreviveram às paradas relataram consciência durante o momento de “quase morte”.

Atividade cerebral durante parada cardíaca

Os médicos presumiam que há pouca ou nenhuma atividade cerebral após cerca de 10 minutos da parada cardíaca, uma vez que, se o coração para de funcionar, deixa o cérebro sem oxigênio.

A pesquisa da NYU mostrou que não é exatamente assim. De acordo com o Dr. Sam Parnia, principal autor do estudo, que concedeu entrevista ao jornal New York Post, há sinais de atividade cerebral normal até uma hora depois da parada e depois da reanimação cardiopulmonar.

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Estudo mostra que cérebro é mais resistente do que se pensava (Imagem:Wirestock Creators/Shutterstock)

Levantamento

Ilustração realista de coração e batimentos cardíacos
(Imagem: Reprodução/Medanta)

Nada de alucinação

Parnia afirmou ao jornal que ainda não se sabe exatamente o porquê de experiências comuns a todos os pacientes acontecerem, como sonhos e pensamentos. Alguns deles descreveram a experiência como “ver suas vidas passando diante dos seus olhos”.

Ele acredita que isso se deve ao foco operacional do cérebro. Ou seja, em situações como a de “quase morte”, a pessoa destrava sentimentos, memórias e pensamentos que antes não estava focada em acessar.

Estas não são alucinações. São experiências muito reais que ocorrem na morte.

Sam Parnia

O estudo fez parte de uma pesquisa para entender a reanimação cardiopulmonar, que tem baixas taxas de sobrevivência no geral. Assim, ele espera descobrir mais sobre o funcionamento do corpo humano durante o procedimento.