A Grã-Bretanha pediu à Meta que não implemente a criptografia de ponta a ponta no Instagram e no Facebook Messenger sem medidas de segurança para proteger as crianças. O pedido vem após a aprovação do Projeto de Lei de Segurança Online. 

Para quem tem pressa: 

A Meta não forneceu garantias de que manterá suas plataformas protegidas de abusadores doentios. Eles devem desenvolver salvaguardas apropriadas para acompanhar seus planos de criptografia de ponta a ponta. 

Suella Braverman, ministra do Interior britânica. 

De acordo com a Reuters, um porta-voz da Meta reforçou a segurança que a criptografia fornece. “Não achamos que as pessoas queiram que leiamos as suas mensagens privadas, por isso passamos os últimos cinco anos a desenvolver medidas de segurança robustas para prevenir, detectar e combater abusos”. 

A empresa pontuou, contudo, que as medidas de segurança da empresa serão atualizadas para tentar atender às demandas do governo britânico. A big tech precisará apresentar provas sobre a proteção garantida às crianças. 

À medida que implementamos a criptografia ponta a ponta, esperamos continuar a fornecer mais relatórios às autoridades policiais do que nossos pares, devido ao nosso trabalho líder no setor para manter as pessoas seguras. 

O governo do Reino Unido destacou que o projeto de lei não proíbe a tecnologia, mas exige que as empresas tomem medidas para impedir o abuso infantil e, como último recurso, desenvolvam tecnologia para digitalizar mensagens criptografadas — outro ponto de divergência com empresas tech, já que a digitalização de mensagens e a criptografia ponta a ponta são fundamentalmente incompatíveis. 

À BBC, Braverman acrescentou que a intenção é que a Meta trabalhe de forma construtiva com o país. Para ela, é totalmente possível resolver as dificuldades sem que a Grã-Bretanha imponha penalidades financeiras à Meta sob uma nova lei. 

Se necessário, teremos que usar os nossos poderes legais. [mas] Não queremos chegar a esse ponto.