A empresa Squishy Robotics desenvolveu um robô leve, macio e com a habilidade de mudar de forma, a fim de auxiliar missões de exploração em outros mundos como a Lua e Marte, no entanto, ao ser aplicado na Terra ele tem ajudado os bombeiros a salvar vidas.
Em 2014, a NASA concedeu cerca de 500 mil dólares à empresa para que ela pesquisasse sobre a mobilidade do robô ao usar propulsores a gás, a fim deles serem utilizados para realização de saltos em áreas não acessíveis para astronautas. O resultado foi um robô com estrutura esquelética semelhante a uma teia que pesa menos de 1,3 quilos. A construção do seu corpo é fundamental para distribuição do impacto para proteger os sensores delicados em seu centro, fazendo com ele consiga suportar quedas e ambientes difíceis num princípio conhecido como integridade de tensão.
Inicialmente planejado para atuar fora da Terra, os desenvolvedores do robô pensaram que ele também poderia ser útil por aqui. O dispositivo consegue avaliar remotamente perigos e planejar uma abordagem para os bombeiros antes deles entrarem em situações de risco, como áreas de incêndios florestais, derramamentos de produtos químicos, acidentes e potencialmente até mesmo zonas de guerra.
Em fevereiro de 2023, ele foi implementado junto a um drone e investigou as consequências de um trem transportando dois tanques de propano que descarrilou no condado de Manatee, na Flórida. O robô foi utilizado para monitorar a qualidade do ar em busca de sinais de vazamento de gás.
Além disso, em um treinamento o robô foi espremido debaixo de uma pilha de entulho para monitorar o ar de uma vítima que estava presa. No teste também houve uma explosão, e o dispositivo não só sofreu poucos danos, como continuou enviando imagens e dados da vítima.
Robô no espaço
O robô foi desenvolvido para que ele fosse achatado ao ser colocado em uma espaçonave rumo a outros mundos e ser lançado em áreas acidentadas. Em locais como a Lua e Marte, ele poderia explorar o ambiente e coletar dados importantes para a NASA.
Seu design foi desenvolvido para que ele não sofresse com a queda ao ser lançado na superfície sem o apoio de qualquer outro dispositivo. Os rovers que chegaram a Marte e a Lua precisaram de guindastes voadores movidos a foguetes para garantir um pouso suave. Sem a necessidade disso, missões a outros mundos seriam mais eficientes e exigiriam menos recursos.
Com robôs de integridade de tensão, o próprio robô é o dispositivo de pouso. Ele poderia sobreviver a uma queda muito alta e seguir em frente.
Terry Fong, roboticista-chefe do Grupo de Robótica Inteligente do Centro de Pesquisa Ames da NASA, na Califórnia, em comunicado
Fonte: Olhar Digital
Comentários