Segunda-feira, Novembro 25, 2024
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De volta à Liga dos Campeões, até onde pode chegar o Arsenal?

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Até antes dessa quarta-feira, 20, a última lembrança do Arsenal em uma noite de Champions League era uma dolorida derrota de 5 a 1 para o Bayern de Munique. Antes do retorno na atual temporada existiu um hiato de cinco torneios sem a participação do time londrino, que deixou de ser comandado por Arsène Wenger e passou por um processo de reformulação. De maneira simbólica, a volta para a maior competição europeia, na temporada 2023/24 aconteceu com um sonoro e imponente 4 a 0 contra o PSV

Desde o 10 a 2 para o Bayern de Munique em 2017 (5×1 na ida e na volta), muita coisa mudou na equipe londrina. Nomes estabelecidos como os experientes Koscielny, Ramsey, Ozil. Walcott, Giroud e Alexis Sánchez deram lugar a um elenco que prioriza jovens talentos. Na goleada contra o PSV, a média de idade dos titulares foi de apenas 25.1 anos. No ataque, o comando foi de Gabriel Jesus (26), Saka (22), Havertz (24), Odegaard (24). O mais velho foi o belga Trossard (28). Do meio para trás, somente o goleiro David Raya (28) tem mais de 25 anos.  

A escolha por um elenco jovem, mas de grande qualidade, aliado a um trabalho cada vez mais estabelecido do treinador Mikel Arteta já se mostrou acertada na temporada passada, quando o Arsenal liderou o Campeonato Inglês por várias rodadas e acabou na segunda posição, atrás apenas do imparável Manchester City de Pep Guardiola, também atual campeão da Champions League. 

O vice-campeonato da última temporada foi de longe o melhor momento vivido pelo Arsenal desde aquela eliminação contra o Bayern e a reformulação após décadas sob o comando de Wenger. Os Gunners foram: 6º em 2017/18; 5º em 2018/19; 8º em 2019/20 (já com Arteta); 8º em 2020/21; 5º em 2021/22. 

Os números no Campeonato Inglês mostram inclusive que foi necessário ter paciência para que o trabalho de Arteta apresentasse resultado (apesar da FA Cup conquistada com meses no clube). Apenas auxiliar técnico do Manchester City antes de chegar ao Arsenal, o ex-jogador dos Gunners mostrou notória evolução ao comandar a reformulação, inclusive superando momentos ruins e pressão por demissão.

Após a turbulência, a temporada de salto foi a passada, em que o Arsenal de Arteta somou 32 vitórias, oito empates e nove derrotas em 49 jogos. Foram 103 gols marcados e 53 sofridos. A temporada 2022/23 chegou como momento de consolidação, o que acontece até aqui, com invencibilidade, bom início no Campeonato Inglês e estreia forte na Liga dos Campeões. Teve espaço também para conquistar o título da Supercopa da Inglaterra.

Os bons números do Arsenal, e mais do que isso, o bom futebol apresentado, acenderam o debate quanto a possibilidade do clube inglês, na sua temporada de retorno, conquistar a Champions League pela primeira vez. Até onde pode ir esse elenco? Para isso, a equipe oGol foi convocada para opinar. Confira análises abaixo. 

This team is special ✨ pic.twitter.com/3IUupwqzoY

“O retorno do Arsenal para a Champions tem a ver com a credibilidade do trabalho de Arteta. O treinador já sofreu com críticas e balançou no cargo, mas a diretoria se manteve firme, deu sequência ao trabalho e, agora, colhe frutos. Arteta teve sempre uma ideia de jogo bem definida, e ganhou tempo para implementá-la.

O Arsenal, porém, não está pronto para ganhar a Champions, assim como não estava para ganhar a Premier League. Acreditar no processo serve também para entender que não é o momento, nessa etapa do projeto, que envolve ainda o crescimento de muitos jogadores jovens, para pensar em um título desse tamanho. Até porque outras equipes estão em estágios mais avançados. Um degrau de cada vez. Mas esse pensamento já esteve mais longe do imaginário do torcedor gunner.”

“O trabalho de Mikel Arteta cresceu, passou por oscilações, o que me parece natural, e agora está no momento mais importante do processo: a afirmação. Após protagonizar uma janela de transferências exuberante (e coesa), o clube londrino tem o que é necessário para se ter sucesso na Champions: leveza, ousadia e intensidade. A estreia provou isso. Até onde vão os Gunners? É impossível cravar, mas o lugar de protagonismo está sendo muito bem construído.”

“Mais do que desempenho, o Arsenal precisa demonstrar resultado nesta temporada. A perda do título inglês aumentou a expectativa em relação aos desafios deste ano. Em um grupo que promete poucos obstáculos, os Gunners devem avançar na liderança sem sustos.

As chegadas de Kai Havertz e Declan Rice aumentaram a qualidade do meio-campo, que ainda carece de experiência. Esse obstáculo foi crucial na temporada passada e pode ser novamente colocado à prova. Ainda falta um longo caminho para o Arsenal entrar na “prateleira” dos favoritos, mas o time tem credenciais suficientes para sonhar alto neste retorno à Liga.”

“Acho que é importante mencionar que o Arsenal de Arteta é uma das equipes mais interessantes para se acompanhar hoje no futebol mundial. Propositiva, rápida, incisiva e equilibrada. Dá para contar nos dedos as equipes que jogam mais bola, principalmente em meio a instabilidades de Liverpool, Chelsea, United, Bayern, PSG, Juventus. Dá para conquistar a Champions League? Talvez. Ter isso como objetivo é completamente lógico. Agora, para isso precisa superar muito do estigma do fracasso. Há uma geração inteira de torcedores que não conhece um Arsenal vitorioso. Seria uma história interessante.”

Fonte: Ogol

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