Dois ex-funcionários negros estão movendo uma ação contra a ByteDance, empresa controladora do TikTok. Eles alegam retaliação após terem feito denúncias de discriminação racial no local de trabalho. Nnete Matima, de 42 anos, e Joël Carter, de 27, entraram com uma queixa junto à Comissão de Igualdade de Oportunidades de Emprego (EEOC), a agência federal encarregada de fazer cumprir as leis de direitos civis no emprego nos Estados Unidos.
Segundo reportagem do Washington Post, as alegações incluem:
Matima, que trabalhava na venda da ferramenta de colaboração empresarial Lark da ByteDance, e Carter, que atuava como gerente de políticas de publicidade no TikTok, alegam que seus gerentes diretos rotineiramente minaram seu desempenho no trabalho enquanto os estigmatizavam com estereótipos negativos relacionados à raça.
No entanto, após formalmente denunciarem a discriminação à empresa, eles alegam que a retaliação que enfrentaram só piorou. A queixa, que busca status de ação coletiva, alega que a ByteDance tinha como “procedimento padrão” retaliar abertamente contra trabalhadores que reclamavam de discriminação.
Os ex-funcionários argumentam que isso coloca profissionais negros em um dilema: ignorar a discriminação e permitir que supervisores preconceituosos prejudiquem suas carreiras, ou denunciar a discriminação e sofrer retaliação que muitas vezes resulta em demissão da empresa.
Este caso representa o dilema que muitos profissionais negros enfrentam hoje em dia: eles podem ignorar a discriminação e permitir que supervisores preconceituosos saboteiem suas carreiras, ou podem denunciar essa discriminação e sofrer retaliação que frequentemente resulta na sua exclusão pela empresa.
Trecho da ação movida por Carter e Matima
A decisão sobre se a EEOC investigará apenas as reclamações individuais dos dois ex-funcionários ou se investigará a ByteDance por padrões sistemáticos de discriminação e retaliação caberá à agência. O advogado que representa Carter e Matima argumenta que há outras pessoas cujos direitos foram violados e que serão violados se esse padrão de prática não for interrompido.
De acordo com o Washington Post, a ByteDance ainda não comentou sobre a queixa.
Esforços do TikTok para promover a inclusão
As denúncias chegam contra o TikTok, empresa que parece destacar seus esforços passados para cultivar um ambiente inclusivo para pessoas de todos os perfis, tanto em sua plataforma quanto em sua força de trabalho. A empresa criou um Conselho de Diversidade e Inclusão de Funcionários em 2021, como parte de sua estratégia para promover a igualdade e a diversidade.
Acreditamos que a diversidade de nossa comunidade é uma parte fundamental do que torna o TikTok um lugar gratificante e inspirador para passar o tempo, e estamos empenhados em promovê-la e protegê-la ativamente todos os dias.
TikTok em post de blog de 2021
Discriminação no mercado de tecnologia
Fonte: Olhar Digital
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