São chamados de lixo espacial todos os objetos, criados pelos seres humanos, que se encontram em órbita ao redor da Terra, mas que não desempenham mais nenhuma função útil, como por exemplo as diversas partes e restos de foguetes deixados para trás após seu lançamento ou satélites desativados.

De acordo com o Leolabs, um serviço norte-americano de gerenciamento de tráfego espacial, na quarta-feira da semana passada (13), um satélite desativado da época da União Soviética e uma parte de um foguete chinês usado passaram “raspando” um pelo outro na órbita baixa do nosso planeta a impressionantes 7,5 km/s.

Segundo a plataforma, é provável que os objetos sejam os restos do Cosmos 807, uma espaçonave de 400 kg lançada em 1976, e um estágio de foguete chinês Longa Marcha 4C de cerca de duas toneladas, lançado há cinco anos.

No momento do “quase” acidente, eles passavam a cerca de 690 km acima da Terra. Uma colisão criaria cerca de três mil pedaços de detritos, segundo o Leolabs.

Lixo espacial ameaça astronautas em órbita

A atmosfera da Terra é muito tênue nessa altitude, o que significa que levaria muito tempo para que mesmo os pedaços menores de detritos criados pelo impacto caíssem na superfície do planeta, aumentando o risco para satélites que operam em órbitas semelhantes.

Segundo os cálculos, a distância entre os dois objetos teria sido de apenas 36 metros (com uma margem de 13m para mais ou para menos), o que colocava a probabilidade de colisão em 0,1% ou um em mil. 

Em velocidades orbitais, até mesmo pequenos detritos podem causar danos notáveis, representando uma ameaça aos astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) ou da estação espacial chinesa Tiangong.