Ruínas de dois edifícios de cerca de 1,5 mil anos, incluindo um palácio, foram descobertas na cidade maia de Kabah, na Península de Yucatán, no México. De acordo com um comunicado do Instituto Nacional de Antropologia e História do México (INAH), essas são as primeiras evidências de imóveis residenciais neste sítio arqueológico.
Dentro das estruturas arquitetônicas, havia uma rica variedade de artefatos, como vasos decorados e utensílios de cerâmica. Segundo o INAH, as investigações no local estão em pleno andamento, com um tesouro de informações sobre a cultura maia.
A construção semelhante ao palácio tem 26 metros de comprimento e é decorada com esculturas de pássaros, penas e contas, com um pórtico na fachada contendo oito pilastras retangulares.
Declínio da civilização maia tem várias hipóteses
A civilização maia surgiu e se desenvolveu entre os anos 250 e 900, um período durante o qual as cidades se organizaram em uma complexa rede de assentamentos urbanos, marcadas por avanços arquitetônicos, conquistas culturais e sistemas de escrita hieroglífica únicos.
Por razões não totalmente conhecidas, os maias começaram a desaparecer nos anos que se seguiram após essa fase áurea, um fenômeno que levou ao abandono de muitas de suas impressionantes metrópoles. As teorias sobre a extinção dessa civilização variam de colapso ecológico devido à exploração excessiva dos recursos naturais até conflitos internos e pressões sociais. Uma hipótese emergente sugere que mudanças climáticas, como secas prolongadas, podem ter tido um papel crucial nesse declínio.
Algumas regiões, no entanto, testemunharam um renascimento posterior da cultura maia. Chichén Itzá, localizada na península de Yucatán, é um exemplo. No pós-colapso, essa cidade emergiu como um centro político e cultural influente, com sua arquitetura grandiosa e uma mistura única de estilos maias e toltecas.
Hoje, os descendentes dos maias antigos, conhecidos como maias modernos, continuam a preservar sua herança cultural e tradições. Espalhados por várias regiões da América Central, eles mantêm viva a rica história de sua civilização ancestral. “Os maias modernos representam uma ponte viva entre o passado glorioso de sua civilização e o presente multicultural em que vivemos”, disse a antropóloga Sandra López Varela, do INAH.
Fonte: Olhar Digital
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