A última rodada da Liga Nacional de Futsal projeta uma disputa intensa pela melhor campanha da primeira fase. Três times brigam pelo posto estando em diferentes projetos para esta temporada. Magnus, Joinville e Atlântico confirmaram o favoritismo desta edição e chegam na partida decisiva com chances de ocupar a ponta da classificação.
A “super-rodada” acontece neste sábado com todos os jogos iniciando às 19h. Invicto e atual dono da liderança, o Magnus depende apenas de si para garantir a posição. No entanto, o Cachorrão tem uma missão complicada na última rodada, recebendo justamente o JEC, também postulante à primeira colocação. De olho na vaga também, o Atlântico precisa vencer, em Toledo, o Esporte Futuro e torcer por um tropeço do time sorocabano para ficar com a vaga.
Para chegar nesta rodada eletrizante com possibilidades de liderança, os três times precisaram manter a regularidade durante a temporada. As expectativas no início da temporada foram atingidas e três projetos distintos alcançaram seu objetivos, pelo menos na fase inicial:
O Magnus carrega a possibilidade de terminar na primeira colocação (geral ou do seu grupo) pela quarta temporada consecutiva. O domínio na fase inicial rendeu o segundo título da história recente do clube, mas também decepções nos mata-matas como a eliminação para o Minas e o atropelo sofrido para o Cascavel na decisão de 2021.
Apesar dos deslizes, o time sorocabano se tornou sinônimo de tradição na LNF. Temido dentro e fora de casa, outra vez o time comandado por Ricardinho cumpriu o favoritismo. Para 2023, o Magnus apostou na manutenção de um elenco vencedor e no sucesso da “fábrica” de talentos em Sorocaba.
Os nomes já consagrados como Rodrigo “Capita”, Leandro Lino, Charuto e Elisandro receberam as poucas e pontuais chegadas dos experientes Pepita, Dieguinho e Genaro. Outras peças contratadas na temporada passada como Françoar e Gabriel Ferro, agarraram a oportunidade em 2023 e ganharam a titularidade.
A juventude também mostrou importância na temporada sorocabana. A campanha deste ano consolidou o protagonismo de Lucas Gomes, presença confirmada nas convocações da seleção brasileira. Ernesto e Ricardinho, outras duas joias formadas pelo clube, também ganharam mais espaços e brilharam, os dois jovens estão de malas prontas para rumar à Europa em janeiro.
As caras novas completaram o elenco “rodado” do time paulista. Gabriel Pereira, Carlinhos e João Pinda recebarem suas primeiras oportunidades no elenco principal e se firmaram. Bruninho, artilheiro do Sul-Americano sub-20 com o Brasil, é o próximo da fila e promete seguir a tradição sorocabana de formar grandes valores.
O Joinville mostrou protagonismo no mercado de transferências da última temporada e efetivou uma reformulação completa no clube. O time catarinense abriu os cofres e investiu alto para contratar jogadores experientes e em grande fase no futsal brasileiro. O início do projeto contou com a chegada de Cassiano Klein, treinador campeão da LNF e da Libertadores com o Cascavel.
Junto com Cassiano chegaram Ernani, Kevin e Gabriel Gurgel vindos do elenco multicampeão com a Serpente Tricolor. Henrique, vencedor da LNF com o Corinthians e a dupla experiente ex- ACBF Roni e Éder Lima fecharam o pacote de contratações nacionais no início da temporada. Do exterior chegaram Rafinha, Deivão, Fernando, Rodriguinho e Gabriel Penezio, totalizando 11 novidades para esta temporada.
A reformulação completa no plantel não demorou para encaixar e o JEC começou a temporada de forma avassaladora, conquistando três títulos em 20 dias e carimbando a vaga para a Libertadores. No entanto, a lesão do capitão e até então artilheiro da equipe, Xuxa, foi sentida pelo time catarinense que perdeu a decisão da competição continental para o Cascavel e a liderança da Liga para o Magnus.
Desde o baque, o Joinville vem buscando retomar o desempenho que empolgou no início da temporada. O confronto direto na última rodada contra o líder Magnus pode ser um sinal importante para o JEC nesta temporada. No primeiro ano sob o comando de Cassiano Klein, o time catarinense tem como objetivo principal reconquistar a Liga.
Após bater na trave pela segunda vez na Liga Nacional, o Atlântico também apostou alto em busca do título inédito. O Galo segurou sua base da equipe que acabou derrotada para o Corinthians na decisão de 2022 e buscou grandes destaques da última LNF para reforçar o elenco.
O ala Willian Bolt, eleito o melhor ala direito da última edição, Kauê, pivô campeão com o Corinthians, e Richard, ex-ACBF e atual artilheiro da Liga, formaram a nova trinca do time gaúcho. A joia Neguinho também chegou ao Galo e rapidamente se adaptou, se tornando o destaques defensivos da equipe.
Na área técnica, o Atlântico planejou a continuidade do trabalho de Thiago Raupp, mas uma proposta do exterior acabou mudando os rumos do técnico. Para o lugar, o experiente Paulinho Sananduva assumiu o comando e manteve o estilo de jogo leve e agressivo, utilizando as características das peças contratadas.
A “química” rapidamente alcançada pelo time rendeu ao Galo o seu melhor início da história na LNF. Após o início do Gauchão, o acúmulo de jogos rendeu alguns desfalques e preservações, perdendo a intensidade em alguns duelos. Nesta reta final, o Atlântico embalou novamente e aproveitou o tropeço dos líderes para voltar à briga pela liderança.
Vice-líder antes da bola rolar na última rodada, o time gaúcho reconquistou o posto na última rodada e pode terminar pela primeira vez uma rodada na liderança, justamente na última e decisiva partida da fase classificatória.
Fonte: Ogol
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