Dia histórico! Neste domingo (24), a missão OSIRIS-REx depositou na Terra a amostra do asteroide Bennu coletada pela sonda. Esta é a primeira vez que a NASA consegue trazer uma amostra de rocha espacial para o nosso planeta.
A espaçonave foi lançada da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, em setembro de 2016, no topo de um foguete Atlas V da United Launch Alliance (ULA), iniciando uma viagem de dois anos até o asteroide Bennu, de 525 metros de largura. Depois de chegar ao destino, em agosto de 2018, ela passou mais dois anos observando a superfície da rocha espacial.
Quando essa pesquisa foi concluída, OSIRIS-REx se aproximou o suficiente do asteroide para coletar material – quase sendo engolida no processo. Em 2021, com os fragmentos de Bennu armazenados em uma cápsula de retorno de amostras, a sonda acionou seu sistema de propulsão e iniciou uma jornada de 1,9 bilhão de quilômetros de volta para a Terra.
No sábado (23), após sete anos de missão, a espaçonave lançou a cápsula na órbita do planeta e, em seguida, seguiu viagem rumo a outro asteroide. Este momento foi captado por diversos observatórios ao redor do mundo, inclusive no Brasil – como o Observatório SONEAR, localizado em Oliveira/MG, que pertence ao astrônomo amador Cristóvão Jacques (clique aqui para assistir ao registro).
Abaixo, uma animação deste momento compartilhada pela NASA no X (antigo Twitter).
O pacote pousou às 11h52 (pelo horário de Brasília), no oeste dos EUA, na região desértica ao redor do Campo de Teste e Treinamento Militar de Utah, com todo o processo sendo transmitido ao vivo pela internet, nas plataformas digitais da NASA. “E a equipe pode respirar aliviada”, disse um comentarista da live. Ele também reforçou algumas vezes que a quantidade exata será anunciada dentro de poucos dias.
Pouco mais de meia hora depois, dois funcionários da NASA se aproximaram da cápsula para vistoriá-la e resgatá-la.
O que vai acontecer com a amostra do asteroide Bennu e a sonda OSIRS-REx?
Asteroides como Bennu foram formados há cerca de 4,5 bilhões de anos, na época em que os planetas do Sistema Solar estavam surgindo. Isso significa que estudar o material de asteroides pode ajudar a revelar o estado e a composição da matéria ao redor do Sol “bebê”.
Segundo a NASA, durante dois anos, do fim de 2023 a 2025, a amostra será catalogada e analisada. Pelo menos 75% do conteúdo será preservado no Centro de Voo Espacial Johnson, em Houston, para pesquisas futuras.
Agora, a OSIRIS-REx mudou de nome para OSIRIS-APEx, e está a caminho do asteroide próximo à Terra Apophis, estabelecendo-se em órbita em torno da rocha espacial de 370 metros de largura até 2029.
Fonte: Olhar Digital
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