A fintech indiana PhonePe lançou neste sábado, 23, a Indus Appstore, sua loja de aplicativos Android, com a promessa de não cobrar taxas na plataforma, nem comissão em compras feitas dentro dos aplicativos.
O anúncio da nova plataforma é um golpe relevante no Google. Afinal, a Índia é um mercado internacional importante para a big tech, onde investiu mais de US$ 10 bilhões na última década. Porém, agora enfrenta cada vez mais críticas e intervenções regulatórias no país.
Há um ano, Google recebeu duas multas antitruste e, diante disso, alterou seus acordos comerciais que, por fim, levaram a um aumento no preço de dispositivos e à proliferação de aplicativos não verificados, de acordo com TechCrunch.
Ou seja, a chegada da Indus Appstore acontece em um momento em que muitas empresas e startups indianas estão frustradas com o Google, cujo sistema operacional móvel Android está presente em mais de 95% dos smartphones do país.
O que muda?
A ideia da Indus Appstore é fornecer aos desenvolvedores de aplicativos uma alternativa confiável a Google Play Store – uma que seja mais localizada e ofereça melhor descoberta de aplicativos e engajamento do consumidor.
A loja de aplicativos, em parceria com fabricantes de telefones para distribuição, possui diversos recursos relevantes para a Índia, incluindo suporte para provedores de pagamento de terceiros, suporte para 12 idiomas indianos e um sistema de login baseado em números de telefone.
PhonePe não cobrará taxa de listagem para desenvolvedores no primeiro ano, mas passará a cobrar um valor “nominal” posteriormente. Além disso, a startup não cobrará comissão nas compras dentro dos aplicativos, em comparação com a taxa de 15 a 30% cobrada pelo Google.
A startup PhonePe, avaliada em US$ 12 bilhões, lidera o mercado de pagamentos por UPI na Índia e tem mais de 450 milhões de usuários registrados em seu aplicativo de transações. Recentemente, expandiu sua atuação com o lançamento de um app de e-commerce, um app de investimentos em ações, fundos e ETFs e, agora, uma loja de aplicativos.
Fonte: Olhar Digital
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