A correísta Luisa González e o empresário Daniel Noboa iniciaram oficialmente neste domingo a campanha para o segundo turno das eleições presidenciais no Equador, marcado para o próximo dia 15 de outubro.
Embora as ações de proselitismo de ambos não tenham sido interrompidas desde que foram oficializados como os mais votados no primeiro turno da votação, em 20 de agosto, começou oficialmente neste domingo o período de 19 dias de campanha para o segundo e decisivo turno das eleições presidenciais.
O início oficial da disputa não aconteceu com alarde ou fogos de artifício, como costuma ser, mas sim com um dia tranquilo em que ambos passaram perto de seus entes queridos.
González, correligionária do ex-presidente progressista Rafael Correa (2007-2017), interrompeu suas viagens pelas diferentes regiões do país e permaneceu em sua província natal, Manabí.
Noboa, filho do magnata da banana Álvaro Noboa, também passou o dia com familiares e amigos na província costeira de Santa Elena, segundo relatou em suas redes sociais.
No entanto, suas organizações políticas têm se movimentado em diversas jurisdições com a promoção de candidaturas que, acima de tudo, tentam atrair o voto dos jovens, o que se traduz na grande atividade que realizam nas redes sociais.
O movimento Revolução Cidadã (RC), da correísta González, promoveu marchas de grupos de apoiadores por algumas ruas e praças de Quito, tentando seduzir o voto dos indecisos, em ações que foram replicadas em outras cidades do país.
O movimento Ação Democrática Nacional (ADN), de Noboa, também realizou uma mobilização de apoiadores na cidade de Cuenca, no sul dos Andes, onde iniciou oficialmente sua campanha.
A programação incluía uma campanha de visita aos eleitores “de porta em porta”, combinada com uma caravana de carros por algumas ruas de Cuenca.
A campanha eleitoral decorrerá até 12 de outubro, três dias antes da votação que será realizada no dia 15 de outubro em todo o país e nos distritos eleitorais no exterior.
Um dos marcos da campanha será o debate entre González e Noboa agendado para 1º de outubro, quando terão a oportunidade de apresentar em rede nacional suas propostas sobre economia, segurança, sociedade e política a todo o país.
Pouco mais de 13 milhões de equatorianos estão convocados às urnas no próximo domingo para eleger o novo presidente que completará o mandato (2021-2025) do atual governante, o conservador Guillermo Lasso.
O atual processo eleitoral no Equador é extraordinário e deve-se a uma decisão de Lasso que no último mês de maio invocou o mecanismo constitucional denominado “morte cruzada”, através do qual dissolveu o Parlamento, mas reduziu seu mandato pela metade.
Lasso aplicou este recurso justamente quando o Parlamento se preparava para votar seu impeachment no âmbito de um julgamento político em que foi acusado de desvio de dinheiro público.
*Com informações da EFE.
Fonte: Jovem Pan News
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