Foi uma noite de Libertadores no Maracanã. Noite de futebol. Noite de emoção. E de um jogaço! O Fluminense saiu na frente, levou a virada e, com um a menos o segundo tempo inteiro, ainda conseguiu arrancar o empate, em 2 a 2, com o inevitável Germán Cano.
O Colorado, que ficou com um gostinho amargo pela vantagem numérica na segunda parte, agora receberá o Tricolor na próxima semana, no Beira-Rio, sem qualquer vantagem. Quem vencer, avança para a final. Empate leva a decisão para os pênaltis.
Fernando Diniz escalou o Fluminense em um 4-2-4 muito ousado. A coragem foi vista em campo, e um início de jogo frenético embalou a noite de futebol no Maracanã.
Coudet, em seu 4-4-2, buscou potencializar a velocidade de Wanderson nos contra-ataques, e deu liberdade a Maurício. Foi do meia o primeiro chute perigoso, na área, logo aos quatro minutos. Perto do alvo.
Enner Valencia foi outro que apareceu na área tricolor e chegou perto de abrir o placar. O equatoriano chutou cruzado, e Fábio espalmou. Keno respondeu da mesma forma, em chute cruzado bem defendido por Rochet.
Quando falamos de um time com quatro atacantes, a tendência é que pensemos apenas nas desvantagens defensivas. Mas o gol do Flu, aos dez minutos, mostra as vantagens. Em excelente reação pós perda, o time de Diniz apertou Renê na saída de bola, Arias recuperou e deu sequência a jogada com Jhon Kennedy. O jovem achou quem deveria: Cano. Com um toque, o argentino mandou a bola para a rede.
Enner Valencia esboçou uma reação imediata ao mandar para a rede bola em contra-ataque aos 17, mas o atacante estava claramente impedido. O Tricolor seguiu avançado em campo. O Colorado, buscando aproveitar os espaços nas costas da linha defensiva. Keno, aos 19, respondeu ameaçando o segundo tricolor após tabela com Cano. Rochet fez uma defesaça!
Apesar de os cariocas, vez ou outra, tentarem diminuir mais o ritmo de jogo com posse de bola, o primeiro tempo seguiu frenético, com protagonismo dos goleiros. Ganso foi outro protagonista em termos defensivos, tirando o doce da boca de Alan Patrick, que ficou de frente para o gol após erro de Felipe Melo em saída de bola.
A sorte dos cariocas começou a mudar nos acréscimos do primeiro tempo. Primeiro quando o árbitro deu o segundo amarelo a Samuel Xavier por falta em Valencia, deixando o Tricolor com um a menos. Logo na sequência, Renê levantou na área e o espanhol Hugo Mallo marcou de cabeça, empatando a peleja.
Com um a menos, o Fluminense tentou competir no segundo tempo. De início, viu Mallo cruzar para Mercado mandar para a rede. Sorte da torcida tricolor que o argentino desviou com a mão na bola, e o gol foi anulado.
O Inter seguiu com facilidade para chegar na frente, e o segundo gol logo se concretizou. Maurício tentou achar Enner na área, mas a bola sobrou para Alan Patrick, que limpou a marcação e bateu forte para estufar a rede.
O cenário era todo contra o Flu. Mas Cano é simplesmente inevitável. Aproveitando desvio de Nino em escanteio, o artilheiro pegou de primeira e arrancou um empate improvável para o Tricolor.
O Maracanã pegou fogo em uma noite mágica de Libertadores. “Time de Guerreiros”, gritou a maioria das 67 mil pessoas presentes no estádio. O fim de jogo foi bem equilibrado, e os times pareciam jogar 11 contra 11. O empate em 2 a 2 prevaleceu, e tudo será decidido no Beira-Rio.
Fonte: Ogol
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