O X, antigo Twitter, está mais uma vez envolvido em acusações sobre propagação de desinformação. Um relatório da TrustLab, que atua para auxiliar na relação entre as mídias sociais e os governos, aponta que a empresa de Elon Musk é a plataforma com a maior proporção de desinformação na União Europeia, seguida pelo Facebook.
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X não está atuando para combater a desinformação
Mais cobranças ao antigo Twitter
A postura do X tem sido fortemente criticada pelas autoridades europeias. A rede social foi acusada de apresentar relatórios “carentes de dados, sem informações sobre compromissos para capacitar a comunidade de checagem de fatos”.
Embora o acordo assinado pelas empresas de mídias sociais seja voluntário, ele é visto como um precursor da nova Lei de Serviços Digitais da UE. Essa nova legislação entrou em vigor em agosto e todas as redes sociais, inclusive o antigo Twitter, serão obrigadas a cumprir totalmente no início do próximo ano, sob pena de punições.
Plataformas muito grandes que violam repetidamente o código e não executam medidas de mitigação de risco adequadamente correm o risco de multas de até 6% de seu faturamento global.
Thierry Breton, comissário da UE para o mercado interno
O mais recente relatório coloca ainda mais pressão sobre a plataforma de Musk. O próprio bilionário foi cobrado pelas autoridades do bloco europeu.
O Sr. Musk sabe que não está fora do gancho ao deixar o código de prática. Há obrigações sob a lei dura. Então, minha mensagem para o Twitter/X é que você tem que cumprir. Estaremos observando o que você faz.
Věra Jourová, comissária da UE para os valores e transparência
Outras empresas têm adotado uma postura diferente
O comportamento do X vai contra o que é verificado por outras empresas. O Google, por exemplo, diz que retirou do ar mais de 140 mil anúncios políticos na UE “por falhar no processo de verificação de identidade”, enquanto a Microsoft restringiu ou bloqueou a criação de 6,7 milhões de contas falsas no LinkedIn no primeiro semestre deste ano.
O TikTok, por sua vez, afirma ter removido mais de 140 mil vídeos por infringir sua política de desinformação, enquanto a Meta aplicou rótulos de verificação de fatos a mais de 40 milhões de conteúdos no Facebook e no Instagram.
As novas regras da União Europeia fazem parte dos esforços para barrar principalmente a propagação de desinformação sobre a guerra da Rússia na Ucrânia. O Google informa que removeu 411 canais do YouTube vinculados à Agência de Pesquisa da Internet apoiada pelo Estado russo, enquanto o TikTok removeu 211 vídeos após verificá-los.
Fonte: Olhar Digital
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