Não é segredo que a produção de baterias ainda consome recursos naturais, como o lítio, e exige processos de extração que geram impacto ambiental.

O empresário francês Adrien Lelièvre criou uma solução mais sustentável que contorna o problema. Formado em eletrônica, o inventor criou e patenteou a Pi-Pop, uma bicicleta elétrica que não usa baterias de lítio.

Como é a e-bike?

A Pi-Pop é uma bicicleta elétrica de 20 kg que dispensa o uso de bateria. Imagem: Divulgação

“Após 7 anos de Investigação e Desenvolvimento, temos o orgulho de apresentar a primeira bicicleta eletricamente assistida do mundo que só precisa de você!”, diz a empresa. “A Pi-POP está equipada com uma tecnologia revolucionária que armazena a energia produzida pelo usuário para liberá-la no momento certo”.

Mais sustentável

Diferente das e-bikes comuns, a produção da Pi-Pop é mais verde, já que os supercapacitores são feitos de carbono, polímero condutor, folhas de alumínio e pasta de papel. Todos os materiais já contam com processos de reciclagem.

Imagem: Reprodução/STEE

Como um supercapacitor funciona?

Basicamente, um supercapacitor armazena energia de forma eletrostática, ou seja, por meio de uma carga de movimento lento. Enquanto isso, a bateria de lítio armazena energia por uma reação química. 

A vida útil de um deles pode chegar a 15 anos, muito mais que os 6 anos em média de uma bateria de lítio. Outra vantagem é a capacidade de armazenar e liberar energia mais rapidamente.

Atualmente, os supercapacitores são utilizados em outras indústrias, como sistemas fotovoltaicos (painéis solares). A STEE inovou ao incorporar a tecnologia nas bicicletas.

Preço e disponibilidade

A Pi-Pop é produzida localmente na França e custa atualmente 2.450 euros, segundo o site oficial da bike, pouco mais de R$ 13 mil na cotação atual.

Segundo a empresa, são feitas 100 unidades por mês. O plano é levantar capital para atingir a marca de mil exemplares mensais em 2024, além de vender o produto em mais países da Europa.