O Flamengo anunciou, na noite desta quinta-feira, 28, a demissão do técnico Jorge Sampaoli, que já não estará no banco de reservas no fim de semana, contra o Bahia. O argentino esteve no comando técnico do Rubro-Negro durante pouco mais de cinco meses e encerra o trabalho sem conquistas, após a derrota no fim de semana na final da Copa do Brasil, e com diversas polêmicas. Sampaoli foi o nono técnico da gestão do presidente Rodolfo Landim.
A decisão foi comunicada a Sampaoli na noite desta quinta, após reunião com dirigentes rubro-negros e assinatura da rescisão. O técnico esteve no Ninho do Urubu durante a semana para comandar treinamentos, mesmo sem clima algum, já que a decisão já havia sido tomada. O clube, então, divulgou nota confirmando a saída do treinador.
“O Clube de Regatas do Flamengo informa que o treinador Jorge Sampaoli e sua comissão técnica não comandam mais o elenco rubro-negro. A direção agradece ao profissional e deseja sorte na continuidade da carreira”, lê-se no comunicado.
O treinador, que é um velho conhecido do futebol brasileiro, chegou ao Flamengo sob o respaldo do próprio presidente do clube. Em diversas oportunidades, o mandatário afirmou publicamente o antigo sonho de contratar o profissional e sua experiência estrangeira.
Em campo, as ideias do treinador demoraram a dar resultado e trazer o desempenho esperado. Entre junho e julho, o trabalho passou a acumular algumas sequências positivas, mas ainda assim sob olhar de desconfiança da torcida, já que o time não convencia.
Foi no final do mês de julho que todo o processo com Sampaoli começou a ir por água abaixo. No dia 29, depois de uma vitória de virada sobre o Atlético Mineiro, por 2 a 1, no Independência, pelo Campeonato Brasileiro, o preparador físico da comissão técnica do argentino, Pablo Fernández, agrediu o atacante Pedro com um soco no rosto.
O caso ganhou repercussão internacional e a postura de Sampaoli diante de um episódio que envolveu um membro de sua comissão técnica gerou críticas do elenco, que achou que o comandante não assumiu uma postura de defender o atacante e pôs “panos quentes” no assunto.
Desde a confusão, o clima passou a ser cada vez mais tenso nos bastidores do clube e as confissões de uma gestão de grupo ruim passaram a vazar para o público. No futebol, resultados cada vez mais desastrosos.
Sampaoli deixa o Flamengo com uma eliminação nas oitavas de final da Copa Libertadores para o Olimpia, do Paraguai, um vice na Copa do Brasil para o São Paulo e com o Rubro-Negro na sétima colocação no Campeonato Brasileiro, somando 40 pontos, 11 atrás do líder Botafogo. A gota d´água para a demissão foi a derrota para o São Paulo, na decisão da Copa do Brasil.
Na gestão do presidente Rodolfo Landim, desde 2019, o Flamengo teve nove técnicos. O primeiro, Abel Braga, que ficou no clube entre janeiro de 2019 e junho de 2019. Depois, a era de ouro com o português Jorge Jesus, que ficou entre junho de 2019 e julho de 2020.
Na sequência, Domènec Torrent (agosto de 2020 e novembro de 2020); Rogério Ceni (novembro de 2020 e julho de 2021); Renato Gaúcho (julho de 2021 e novembro de 2021); Paulo Sousa (janeiro de 2022 e junho de 2022). Dorival Júnior (junho de 2022 e novembro de 2022); Vítor Pereira (janeiro de 2023 e abril de 2023); Jorge Sampaoli (abril de 2023 a setembro de 2023).
O principal cotado para assumir a vaga de Sampaoli é Tite, que já se reuniu com a diretoria rubro-negra. O Fla está confiante e pretende avançar no negócio nas próximas horas.
Fonte: Ogol
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