A Tesla enfrenta processo na Justiça dos EUA sobre o papel desempenhado pelo Autopilot em acidente ocorrido em 2019. Este é o primeiro de vários julgamentos relacionados que serão realizados em todo os EUA nos próximos meses.
O julgamento, iniciado nesta quinta-feira (28), trata da morte de Micah Lee, que estava utilizando o Autopilot em seu Tesla Model 3 em uma estrada a 105 km/h ao lado de sua família.
Documentos do processo indicam que, de repente, o carro saiu da pista, bateu em uma árvore e pegou fogo. Lee morreu no acidente, enquanto sua esposa e filho tiveram ferimentos graves.
Os documentos do julgamento mostram ainda que Lee tentou recuperar o controle do veículo, mas “o Autopilot e/ou os recursos do Active Safety não permitiram”.
Os demais julgamentos, que devem acontecer no ano que vem, podem mostrar o quanto a tecnologia depende da intervenção humana, apesar de que Musk afirma que o Autopilot é mais segura do que as controladas por humanos.
Vale lembrar que há anos a Tesla tenta se esquivar da responsabilidade por acidentes envolvendo sua tecnologia de direção autônoma.
Para a Tesla continuar a ter sua tecnologia nas ruas, é preciso que se saiam bem nesses julgamentos. Se eles forem considerados responsáveis por muitos desses casos… será difícil a Tesla continuar com sua tecnologia.
Ed Walters, professor de lei de veículos autônomos na Universidade de Georgetown
A Tesla, que não quis comentar o assunto, declarou nos autos do processo que “para ser claro, o Autopilot é um sistema de assistência de direção avançado. Não é uma tecnologia de direção autônoma e não substitui o motorista”.
Os julgamentos do ano que vem possuem dados de momentos em que o Autopilot não agiu como esperado, acelerando de forma inesperada, ou não reagindo com um carro à sua frente.
Além disso, foram 16 recalls do Model 3 de 2019 e inúmeras investigações relacionadas a acidentes envolvendo a tecnologia e aspectos dela.
Fonte: Olhar Digital
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