Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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Direita falha pela segunda vez em tentativa de formar governo na Espanha e abre caminho para esquerda se manter no poder

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Alberto Nuñez Feijóo, líder de direita, sofreu mais uma derrota nesta sexta-feira, 29, em sua tentativa de formar um governo e assumir como primeiro-ministro da Espanha. Essa era a segunda e última chance que ele tinha para a presidência do governo espanhol. A maioria dos deputados rejeitou mais uma vez sua candidatura ao posto de chefe de Governo em uma segunda votação de tentativa de posse em Madri. Ele obteve 172 votos a favor, 177 contra e um voto nulo, de um total de 350 deputados. Terminam assim os três dias de debate sobre a posse, que se torna a quarta a fracassar desde 1979, depois das duas do líder socialista Pedro Sánchez em 2016 e 2019 e a do também conservador Mariano Rajoy em 2016.

A presidente do Congresso, Francina Armengol, informará hoje ao rei Felipe VI o resultado desta votação para que o monarca reabra uma rodada de consultas com os representantes dos partidos com assento no Congresso, a fim de propor um novo candidato. A partir de agora está aberto o prazo para que um candidato obtenha os apoios necessários antes de 27 de novembro ou, caso contrário, novas eleições serão convocadas para 14 de janeiro. O fracasso já aguardado abre o caminho para uma candidatura do atual primeiro-ministro, o socialista Pedro Sánchez, que precisará obter o apoio crucial dos independentistas catalães para se manter no poder. Contudo, caso também não tenha sucesso, a Espanha terá novas eleições, em meados de janeiro. Embora tenha vencido as eleições legislativas de 23 de julho, isso não foi suficiente.

Mesmo com o apoio da extrema direita do Vox e de alguns pequenos partidos regionais, Feijóo não conseguiu uma maioria de votos no Parlamento que lhe permitisse ser empossado. Para ser eleito na primeira votação, ele precisava do apoio da maioria absoluta do Congresso dos Deputados, 176 votos de 350. Justificando sua antecipada derrota, ele afirmou na terça-feira, no debate de investidura no Congresso, que “nem mesmo a Presidência do governo justifica os meios”, acusando Sánchez de estar disposto, ao contrário dele, a ceder às demandas dos separatistas catalães para permanecer no poder. “Tenho princípios, limites e palavra”, alfinetou o político de 62 anos na tribuna. Com fama de moderado desde o início de sua carreira política, Feijóo acabou pagando uma conta alta por sua estratégia ambígua em relação ao partido de extrema direita Vox, com o qual o PP governa em diferentes regiões e municípios desde as eleições locais de maio. A aproximação mobilizou a esquerda nas legislativas de julho e impediu-o de obter apoio parlamentar de partidos regionais contrários à extrema direita ultranacionalista.

*Com informações das agências internacionais 

Fonte: Jovem Pan News

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