Começa na segunda-feira (2) a “turnê mensal” de outubro da Lua pelos planetas do Sistema Solar, e o primeiro a ser visitado será Júpiter. Logo no início da madrugada, o gigante gasoso poderá ser visto muito próximo do nosso satélite natural no céu, em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica. 

Segundo o site InTheSky.org, pouco antes disso, às 22h08 de domingo (1º), acontece o chamado appulse, termo que se refere à separação mínima aparente entre dois corpos no céu, de acordo com o guia de astronomiaStarwalk Space – todos os horários aqui mencionados têm como referência o fuso de Brasília.

O que diferencia as duas expressões é que, embora o termo “conjunção” também seja utilizado popularmente para representar uma aproximação aparente entre dois astros, tecnicamente, a conjunção astronômica só ocorre no momento em que eles compartilham a mesma ascensão reta (coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre).

Este momento em si será à 0h19, quando a Lua vai passar a pouco mais de 3º ao norte de Júpiter. Do ponto de vista de um observador baseado em São Paulo, a dupla estará visível desde às 20h35, desaparecendo no horizonte às 07h48. 

Configuração do céu no momento da conjunção entre a Lua e Júpiter nesta segunda-feira (2). Crédito: SolarSystemScope

Júpiter vai receber a visita da Lua duas vezes em outubro

Na noite da conjunção, a Lua estará com -12.6 de magnitude, e a de Júpiter será de -2.8, com ambos na constelação de Áries. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o objeto mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

O par não estará próximo o bastante para caber dentro do campo de visão de um telescópio, mas será visível a olho nu ou com um par de binóculos.

Depois disso, a Lua vai passar por Vênus (10), Saturno (24) e novamente Júpiter (29). Essa série de conjunções ocorre porque ela orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.