A missão Psyche, da NASA, vai demorar um pouco mais que o previsto para ser lançada. Nesta sexta-feira (29), a agência espacial anunciou que o problema com um propulsor causou um adiamento de uma semana no lançamento, indo do dia 5 para o dia 12 de outubro.

O que você precisa saber?

“A mudança permite que a equipe da NASA conclua as verificações dos parâmetros usados ​​para controlar os propulsores de gás frio de nitrogênio da espaçonave Psyche”, escreveram funcionários da NASA no comunicado.

“Os parâmetros foram ajustados recentemente em resposta às previsões atualizadas de temperaturas mais quentes para esses propulsores”, acrescentaram. “Operar os propulsores dentro dos limites de temperatura é essencial para garantir a saúde das unidades a longo prazo.”

Missão Psyche vai pousar em asteroide

O asteroide Psyche, com sua aparência esférica distorcida, é um dos maiores exemplos de mundos metálicos já observados. Sua largura é comparável à do estado americano de Massachusetts, e sua órbita está situada entre Marte e Júpiter, na região conhecida como cinturão principal de asteroides.

Essa região é rica em fragmentos cósmicos que nos fornecem pistas sobre os estágios iniciais da formação do Sistema Solar. A singularidade de Psyche reside em sua composição metálica, que se assemelha ao núcleo da Terra. Isso levanta questões fascinantes: 

Asteroide Psyche (Imagem: NASA)

Como será o lançamento?

A missão vai decolar a bordo de um foguete Falcon Heavy, da SpaceX, o maior do mundo em operação atualmente. Entretanto, essa será apenas a propulsão inicial da missão. Grande parte do trajeto vai utilizar propulsão iônica.

Essa tecnologia inovadora utiliza o gás xenônio ionizado para propulsar a espaçonave de maneira contínua e confiável, garantindo uma viagem de mais de 4 bilhões de quilômetros até Psyche.

Uma vez chegada ao seu destino, a sonda passará cerca de 26 meses mapeando a geologia, a topografia e a gravidade do asteroide. Além disso, buscará pistas sobre a presença de um campo magnético e comparará a composição de Psyche com os conhecimentos atuais sobre o núcleo terrestre.

Essa missão, embora ambiciosa e única, tem o potencial de proporcionar insights transformadores à NASA. Mesmo que Psyche não seja um núcleo planetário exposto, a exploração desse mundo metálico oferecerá uma visão rica sobre a evolução e a formação de planetas. A cada nova descoberta, a missão estará mais perto de decifrar os segredos profundos que a Terra e outros corpos celestes guardam.