Investigando os potenciais tratamentos de Alzheimer, uma equipe do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) (EUA), realizou mega análise das alterações genômicas, epigenômicas e transcriptômicas que ocorrem em todos os tipos de células nos cérebros dos pacientes diagnosticados com a doença.
O Alzheimer afeta mais de seis milhões de pessoas nos Estados Unidos, segundo o Medical Xpress. Até hoje, poucos tratamentos foram aprovados pela FDA (Food and Drug Administration, agência reguladora de saúde dos EUA) que podem retardar a progressão da doença.
Os estudos
“O que nos propusemos a fazer foi combinar nossos conhecimentos computacionais e biológicos e dar olhada imparcial na doença de Alzheimer em escala sem precedentes em centenas de indivíduos – algo que nunca foi realizado antes”, afirma Manolis Kellis, professor de ciência da computação no Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial (CSAIL) do MIT.
Essas descobertas sugerem que possível interação entre as alterações genéticas e epigenéticas pode fazer com que elas se alimentem umas das outras – impulsionando as manifestações patológicas da doença. Além disso, a análise revelou que as pessoas cognitivamente resilientes tinham populações maiores de dois subconjuntos de neurônios inibitórios no córtex pré-frontal.
“É um processo multifatorial”, disse Li-Huei Tsai, diretor do Instituto Picower de Aprendizagem e Memória do MIT. “Esses artigos juntos usam abordagens diferentes que apontam para um quadro convergente da doença de Alzheimer, onde os neurônios afetados têm defeitos em seu genoma 3D, e isso é causal para muitos dos fenótipos da doença que vemos.”
Prevenção
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência no Brasil e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. Esse número deve chegar a 50 milhões de pessoas no mundo todo.
O Ministério destaca alguns pontos fundamentais para evitar a doença, entre eles: ter vida ativa e com objetivos, praticar atividade física regular por pelo menos por 150 minutos por semana, controlar os fatores de risco cardiovascular – como hipertensão e diabetes -, estudar e adquirir conhecimento, trabalhar sua capacidade de concentração e dormir bem.
Fonte: Olhar Digital
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