Terça-feira, Novembro 26, 2024
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STJD bane um jogador e aumenta penas de outros dois em caso de manipulação

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STJD julga recursos de 12 atletas envolvidos na Operação Penalidade Máxima

O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) dedicou cerca de oito horas nesta quinta-feira ao julgamento dos recursos de 12 atletas previamente punidos por manipulação de resultados no futebol brasileiro durante a Operação Penalidade Máxima. Embora tenha reduzido algumas das penas inicialmente impostas em 9 de agosto, o tribunal foi mais rigoroso em determinados casos.

A dupla de réus confessos, Alef Manga e Nino Paraíba, recebeu sentenças distintas. O lateral, que anteriormente estava no Paysandu, viu sua pena de suspensão de 480 dias ser aumentada para 720 dias, e a multa de R$ 40 mil foi elevada para R$ 100 mil. No caso do atacante, ex-Coritiba, os 360 dias de penalidade foram mantidos, mas a multa, antes de R$ 30 mil, agora é de R$ 50 mil, embora uma multa sugerida de R$ 100 mil tenha sido recomendada.

Além da dupla, outros 10 jogadores foram julgados. Diego Porfírio, ex-lateral-esquerdo do Coritiba que estava no Desportivo Aliança-AL, foi banido do futebol e multado em R$ 60 mil. Anteriormente, o jogador havia sido punido com 360 dias de suspensão e uma multa de R$ 70 mil. Pedrinho, Sidcley e Jesus Trindade foram absolvidos, enquanto Tonny Anderson teve sua multa de R$ 40 mil mantida, apesar da recomendação de uma punição de 720 dias.

Dadá Belmonte, do América-MG, viu sua pena de 720 dias reduzida para 600 pelo Pleno do STJD, com a multa de R$ 70 mil mantida. Vitor Mendes, do Atlético-MG, também teve sua punição aumentada. Os 430 dias iniciais foram ampliados para 720 dias, com a manutenção da multa de R$ 70 mil. Sávio permanecerá afastado dos gramados por 360 dias, com a obrigação de pagar R$ 30 mil.

Igor Cairús, do Sport, teve sua sentença reduzida após uma mudança de voto de última hora do auditor Ivo Amaral. Anteriormente punido com 540 dias, que seriam mantidos, acabou sendo penalizado por “apenas” 360 dias. Ele também deverá pagar R$ 40 mil, em vez dos R$ 50 mil previamente estipulados. Por fim, Bryan, ex-Athletico-PR, teve seus 360 dias mantidos, mas a multa foi aumentada de R$ 30 mil para R$ 50 mil.

Nino Paraíba se tornou réu confesso por aceitar dinheiro em troca de receber um cartão amarelo em três jogos do Paysandu, durante sua participação na CPI do futebol. Apesar de ter “assumido a responsabilidade perante o país”, segundo o auditor Paulo Feuz, relator da sessão extraordinária, sua pena foi aumentada em 240 dias devido à “falta de ética no esporte”.

“Apesar da cooperação e confissão, a atitude não está de acordo com a ética esportiva. Ele deve ser sancionado. Conheço os recursos, mas peço uma punição de 720 dias e uma multa de R$ 100 mil. Apesar de louvável, a atenuante será desconsiderada, pois aceitou benefícios em três ocasiões”, declarou Paulo Feuz.

Os auditores Luis Felipe Boulos, Maurício Neves, Sergio Martinez, Adriene Hassen e o presidente José Perdiz votaram junto com o relator, confirmando a pena de 720 dias. Felipe Bevilacqua optou por 540 dias, enquanto Ivo Amaral manteve os 480 dias.

Por último a ser julgado, Thonny Anderson, atleta do ABC-RN, gerou um grande debate entre os auditores. Antes punido apenas financeiramente em R$ 40 mil, sendo acusado de ser um intermediador, o relator do STJD sugeriu uma penalidade de 720 dias e uma multa de R$ 70 mil.

A defesa de Thonny Anderson alegou que o jogador recebeu o dinheiro como “um patrocínio”. No entanto, o jogador não conseguiu comprovar isso por meio de mensagens ou documentos. O dinheiro teria sido pago para que fosse repassado a companheiros, um “ato infracional” que Paulo Feuz queria punir severamente. No entanto, por maioria, a multa de R$ 40 mil foi mantida.

PUNIÇÕES:

  • Nino Paraíba: 720 dias e R$ 100 mil
  • Bryan: 360 dias e R$ 50 mil
  • Diego Porfírio: Eliminação e multa de R$ 60 mil
  • Igor Cairús: 360 dias e R$ 40 mil
  • Alef Manga: 360 dias e R$ 50 mil
  • Vitor Mendes: 720 dias e R$ 70 mil
  • Sávio: 360 dias e R$ 30 mil
  • Pedrinho: Absolvido
  • Sidcley: Absolvido
  • Tonny Anderson: R$ 40 mil
  • Jesus Trindade: Absolvido
  • Dadá Belmonte: 600 dias e R$ 70 mil

 

Fonte: Ogol

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