Descoberto em agosto, já muito próximo da Terra (algo extremamente raro), o cometa C/2023 P1 Nishimura, o mais brilhante de 2023, passou pela órbita do nosso planeta há duas semanas, pouco antes de atingir o periélio – ponto mais próximo do Sol.
Na ocasião, muitos astrofotógrafos e entusiastas de cometas trataram de obter os melhores registros possíveis do objeto, que corria o risco de se desintegrar quando chegasse perto da nossa estrela e nunca mais ser visto. Nishimura sobreviveu, mas, de qualquer forma, a oportunidade de fotografá-lo foi única, já que ele só deve aparecer por aqui novamente dentro de 434 anos.
Embora o Sol não tenha pulverizado o cometa, isso não quer dizer que ele não tenha sido atingido pela constante fúria do astro.
Vamos entender:
Desconexão da cauda do cometa é temporária
Karl Battams, astrofísico do Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA, que produziu o vídeo do evento com base nas imagens da STEREO-A, explicou ao site Live Science que a desconexão da cauda é um efeito temporário e “totalmente inofensivo” para o cometa. Depois, a cauda volta a crescer à medida que mais poeira e gás são expelidos do objeto.
Esta, inclusive, não é a primeira vez que Nishimura perde a cauda. No início de setembro, um par de CMEs bateu no cometa, causando um evento de desconexão.
Embora seja constantemente bombardeado pelo Sol, o cometa tem sido surpreendentemente “bem comportado” e permanece em sua trajetória original, segundo Battams.
O astrofísico revelou que novos eventos de desconexão da cauda de Nishimura não estão descartados, já que as tempestades solares estão cada vez mais numerosas e frequentes conforme o Sol se aproxima do seu pico de atividade, esperado para 2025.
Fonte: Olhar Digital
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