Não importa se o jogo é contra o arquirrival, ou se os pontos podem influenciar a briga pelo título, ou até contra o rebaixamento. Para o quarteto de semifinalistas da Copa Libertadores, o tempo poderia ter avançado para os jogos decisivos de volta, com tudo em aberto. O fim de semana nos campeonatos nacionais foi para ser esquecido.
Fluminense, Internacional, Boca Juniors e Palmeiras perderam seus jogos. Todos com duelos importantes em suas ligas nacionais, mas que foram deixados de lado pelo sonho da conquista da Libertadores. Dois jogos separam os quatro do título mais cobiçado da América do Sul.
O primeiro dos semifinalistas a entrar em campo no fim de semana foi o Fluminense. Com uma viagem complicada para Cuiabá, Fernando Diniz poupou seus titulares do desgaste e os deixou no Rio de Janeiro. Samuel Xavier, suspenso do jogo de volta da Liberta, começou como titular na partida, e Alexsander e Paulo Henrique Ganso ficaram no banco. A dupla teoricamente disputa posição contra o Internacional, embora possa até atuar junta. O volante ainda jogou na segunda etapa, mas Ganso sequer foi chamado a campo pelas circunstâncias.
Como natural, o Fluminense demonstrou dificuldade para criar jogadas, com clara falta de entrosamento entre as peças. Mas o jogo contra o Cuiabá era igual, e com o Tricolor até levemente superior, até Martinelli receber o segundo amarelo, ainda no primeiro tempo. Com um a menos, reservas e o forte calor mato-grossense, o time de Fernando Diniz sucumbiu e foi massacrado no segundo tempo, com 3 a 0 no placar final.
No caso do Internacional, o fato de jogar em casa no Brasileirão, e depois em casa na Liberta, deu a Eduardo Coudet um pouco mais de flexibilidade e tranquilidade para preparar a semana. Mas titulares mesmo, apenas no segundo tempo. Assim como o time de Diniz, o Colorado teve bons momentos, mesmo com os reservas, mas acabou por não resistir ao Atlético Mineiro no segundo tempo.
Hugo Mallo, Aránguiz, Alan Patrick, Maurício e Enner Valencia, titulares contra o Fluminense na semana passada, chegaram a jogar. Porém apenas na reta final. Curiosamente foi com as estrelas já em campo que o time de Coudet levou os gols.
Boca e Palmeiras seguem o mesmo caminho no domingo
A campanha do Boca Juniors na Copa da Liga da Argentina, principal torneio do segundo semestre no país, não tem sido nada positiva. O time venceu apenas dois dos seis primeiros jogos. Para piorar, teve de encarar o River Plate, grande rival, entre os dois confrontos com o Palmeiras. Nem a rivalidade nem o receio de um fim precoce de temporada demoveram Jorge Almirón de escalar os reservas no clássico argentino – entre os titulares habituais apenas o goleiro Sergio Romero começou jogando.
O River, atual campeão argentino, já havia vencido o primeiro clássico de 2023. Voltou a fazer o mesmo agora na Copa da Liga. Mas com maior facilidade: 2 a 0 em plena Bombonera. Nada que anime o Palmeiras, no entanto, já que o rival de quinta-feira vem deixando de lado as decepções na Argentina para focar totalmente na Libertadores.
O caso do Palmeiras foi parecido. Embora atuando fora de casa, o Alviverde teve como rival o Red Bull Bragantino, do estado de São Paulo, sem viagens desgastantes pelo caminho. Mesmo assim Abel Ferreira não quis arriscar o desgaste de seus titulares – nem mesmo Weverton foi levado para o jogo. O adolescente prodígio, Endrick, acabou por ter destaque com belo gol no primeiro tempo.
Embalado, o Braga Bull reagiu na segunda etapa. Assim como tricolores, colorados e xeneizes, os alviverdes sucumbiram no segundo tempo com os reservas. O time de Bragança Paulista virou por 2 a 1.
Fluminense e Palmeiras perderam a oportunidade de seguir a perseguição ao Botafogo na liderança, embora ainda distantes do topo. O Inter, que praticamente esqueceu o Brasileirão para focar na Liberta, tem apenas três pontos de vantagem para o Z4. O Boca pode ser eliminado na fase de grupos da Copa da Liga. Nada disso importa, desde que aumentem as chances de Liberta.
Fonte: Ogol
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