A Organização Mundial de Saúde (OMS) autorizou, nesta segunda-feira (2), a fabricação de uma segunda vacina contra a malária, doença infecciosa causada por protozoários transmitidos pela picada do mosquito fêmea Anopheles. De acordo com o Medical Xpress, a decisão deve oferecer aos países uma opção mais barata e acessível quando comparada ao imunizante atualmente disponível. 

O que você precisa saber: 

Como investigador da malária, costumava sonhar com o dia em que teríamos uma vacina segura e eficaz contra a malária. Agora temos duas. 

Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS. 

A primeira vacina contra a Malária 

A OMS aprovou a primeira vacina contra a malária em 2021, no que descreveu como um esforço “histórico” para acabar com o impacto que a doença tem na África, lar da maioria dos casos e mortes no mundo. 

Chamada de Mosquirix, o imunizante é fabricado pela GSK, é cerca de 30% eficaz, requer quatro doses e a proteção desaparece em poucos meses.  

Além disso, enquanto a GSK consegue produzir apenas 15 milhões de doses anuais — com apenas uma dúzia de países programados para receber quantidades limitadas — o Serum Institute planeja 200 milhões de doses da vacina de Oxford anualmente. 

Vale destacar que especialistas da OMS pontuaram que, por ora, não há dados suficientes para determinar qual das vacinas pode ser mais eficaz. Ademais, nenhuma delas também interrompe a transmissão da doença, indicando que apenas as campanhas de imunização não serão suficientes para impedir epidemias. 

Há outros diversos estudos voltados para o desenvolvimento de imunizantes contra a malária. Recentemente, por exemplo, cientistas descobriram duas vacinas experimentais seguras para seres humanos — uma delas com capacidade de retardar a replicação do parasita da doença na corrente sanguínea.