Conforme divulgado em janeiro pelo Olhar Digital, 2023 terá um total de quatro eclipses, sendo dois lunares e dois solares. Um de cada já aconteceu no primeiro semestre, e os próximos ocorrem este mês: um do Sol, no dia 14, e um da Lua, no dia 28.
De acordo com o Almanaque Astronômico Brasileiro, o primeiro evento será um eclipse solar anular, também chamado de Anel de Fogo. Esse fenômeno acontece quando a Lua cobre o centro do Sol, mas deixa um círculo de luz visível em seu entorno.
A dinâmica é parecida com a de um eclipse solar total, em que a Lua se alinha entre o astro e a Terra, projetando sombra sobre o planeta. No entanto, no caso dos eclipses anulares, a Lua está mais distante da Terra, motivo pelo qual seu diâmetro aparente não fica exatamente igual ao diâmetro aparente do Sol.
Mas, a que velocidade esses eventos ocorrem? A resposta é: depende. Um mesmo eclipse pode assumir velocidades diferentes conforme o local de onde é observado.
Onde o eclipse solar será mais rápido e mais devagar?
“A velocidade com que o eclipse viaja depende da geometria – por onde na Terra a sombra está viajando, bem como da distância até a Lua e de sua velocidade orbital”, disse o calculador e cartógrafo de eclipses Dan McGlaun, ao site Space.com. Ele é criador do siteEclipse 2024.org, que oferece uma ferramenta quesimula o eclipse solar anular em cada localidade do globo.
Ao atingir pela primeira vez o norte do Oceano Pacífico, a sombra antumbral da Lua (dentro da qual o Anel de Fogo será visível) se moverá a impressionantes 320 mil km/h, de acordo com este outro mapa interativo do eclipse. Ao deixar o planeta 219 minutos depois, no Oceano Atlântico, a velocidade da sombra será de 93,8 mil km/h. “A sombra sempre se move mais rápido nos extremos do caminho, porque nesses locais, o eixo da sombra é mais tangente à superfície da Terra”, explica McGlaun.
Segundo ele, no meio do caminho – onde o Anel de Fogo aparecerá por 5 minutos e 17 segundos na costa da Nicarágua – o ritmo relativo do eclipse será de apenas 2 mil km/h. “No meio do caminho, o eixo é basicamente perpendicular à superfície. Então, mesmo que a Lua em si não diminua, a intersecção da Terra com a sombra da Lua sim”.
Fonte: Olhar Digital
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