Animais híbridos não são uma novidade. Aqui no Olhar Digital, você já viu alguns exemplos, como um urso grolar (mistura do pardo com o polar) e os famosos javaporcos (do cruzamento entre javalis e porcos). Mas alguns são extremamente raros – e é o caso do “wholphin“, a fusão entre a orca e o golfinho-nariz-de-garrafa.
Em português, o termo se traduziria como golforca ou orfinho (qual ship combina mais?).
Em resumo:
De acordo com o site IflScience, o primeiro wholphin conhecido nasceu no SeaWorld de Tóquio, no Japão, mas morreu com apenas 200 dias. Em 1985, uma filhote fêmea híbrida chamada Kekaimalu resultou de uma “união não planejada” entre uma orca macho de nome I’anui e uma fêmea de golfinho-nariz-de-garrafa chamada Punahele, no Sea Life Park de Oahu, no Havaí.
Esses animais não eram tecnicamente um híbrido golfinho-baleia porque a orca é, na verdade, um golfinho, apesar do apelido de “baleia assassina”. No entanto, como pertencem a duas espécies distintas de cetáceos, os Tursiops truncatus e os Pseudorca crassidens, eles ainda assim são híbridos.
O que torna mais raro o nascimento de híbridos dessas espécies parentais é a diferença de tamanho entre elas: as fêmeas golfinhos-nariz-de-garrafa têm em média 2 metros de comprimento, enquanto uma orca macho pode passar de 5 metros.
Seja como for, as duas espécies parecem ter uma conexão estreita dentro e fora do cativeiro. Estudos revelaram que golfinhos-nariz-de-garrafa e orcas são frequentemente vistos juntos na natureza.
Híbrido wholphin consegue procriar?
É comum que animais híbridos sejam inférteis, mas nem sempre é o caso. Se duas espécies são relativamente próximas e compartilham o mesmo número de cromossomos, ocasionalmente é possível que seus descendentes consigam gerar filhos.
Cães e lobos, por exemplo, têm 78 cromossomos dispostos em 39 pares, permitindo que eles cruzem com sucesso com menos problemas.
O mesmo acontece entre golfinhos-nariz-de-garrafa e orcas, ambos com 44 cromossomos. Kekaimalu, no caso, era fértil, e teria acasalado com pelo menos dois golfinhos-nariz-de-garrafa machos, dando à luz três descendentes.
Outros cruzamentos entre espécies distintas de golfinhos
Em 2018, pesquisadores avistaram um cetáceo híbrido nas águas do Havaí, que se acredita ser metade golfinho-de-dentes-rugosos (Steno bredanensis) e metade golfinho-cabeça-de-melão (Peponocephala electra).
No ano seguinte, uma equipe de cientistas do Museu de História Natural da Dinamarca analisou um crânio de baleia encontrado no telhado de um galpão de ferramentas inuítes na Baía de Disko, no oeste da Groenlândia. A decodificação genética revelou que o espécime era 54% baleia beluga e 46% narval – uma… narluga?
Fonte: Olhar Digital
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