O Inter fez 1 a 0 no primeiro tempo e teve a oportunidade, mais de uma vez, de matar o jogo com Enner Valencia. Não o fez. O Fluminense, comandado pelo Futebol Total de Fernando Diniz, pela ousadia de John Kennedy e pelo faro artilheiro de Germán Cano, buscou a virada nos minutos finais, por 2 a 1, para garantir vaga na decisão da Libertadores, que será no Maracanã.
O Tricolor terá, mais uma vez, a chance de decidir a Libertadores em casa. O adversário sai do encontro entre Palmeiras e Boca, amanhã, no Allianz Parque. No jogo de ida, empate sem gols na Bombonera.
Assim como no Maracanã, Internacional e Fluminense fizeram mais um duelo eletrizante. Desde o primeiro minuto. O Inter, no início, fez a primeira pressão, marcando com linhas altas para complicar a vida do rival. O Flu, porém, quando conseguia sair…
A primeira chance do jogo foi de Germán Cano, após boa transição ofensiva dos cariocas. O argentino tentou de muito longe, e Rochet defendeu bem. Em resposta, Wanderson fez boa jogada individual e bateu de canhota, parando em Fábio.
Em jogos assim, há sempre os candidatos a herói. O primeiro foi o zagueiro-artilheiro Gabriel Mercado. O argentino aproveitou um escorregão de Fábio na área para, de cabeça, abrir a vantagem para o Colorado.
Os gaúchos seguiram achando muito espaço para avançar no último terço. Maurício recebeu bola em velocidade no ataque, levou para a canhota e bateu forte. Fábio, dessa vez, foi bem para espalmar.
As transições do time de Eduardo Coudet foram o grande diferencial do primeiro tempo. Na transição ofensiva, o time de Coudet iniciava a marcação com linhas altas em 4-1-3-2, conduzindo o rival ao erro. Se não conseguisse recuperar a bola em um primeiro momento, baixava as linhas e defendia em um compacto 4-4-2. Na transição ofensiva, os ataques fluíam com muita velocidade e objetividade. Diniz não achou saída no primeiro tempo.
Na volta do intervalo, Diniz usou o mesmo 4-2-4 com que começou o jogo do Maracanã, com a entrada de John Kennedy na vaga de Alexander e com André recuado na zaga. O jogo mudou de lado e passou a ser jogado no campo de ataque dos cariocas.
O técnico do Flu tentou “bagunçar” a defesa gaúcha com seu Futebol Total. Marcelo, que já havia esboçado tal posicionamento no primeiro tempo, virou por alguns momentos um ponta direita, com Keno o cobrindo na esquerda e também se aproximando de Arias no setor. O lateral, também, flutuava muito pelo meio. Os jogadores tricolores tinham posições cada vez menos fixas em campo.
Enner Valencia, com uma arrancada sensacional, quase deu um banho de água fria no momento favorável tricolor. O atacante pegou bola no meio-campo, girou rápido para cima de André, que escorregou, e avançou em velocidade até a área. Quando o atacante estava pronto para finalizar o lance, Nino se recuperou e, de carrinho, conseguiu evitar com um corte providencial.
Valencia acabou empilhando chances de matar o jogo. O equatoriano teve outra oportunidade na sequência, ao receber cobrança de falta na pequena área. Livre, porém, o atacante mandou cabeçada para fora. Minutos depois, com o rival mais exposto em campo, Enner saiu na cara de Fábio, mas chutou para fora.
Os gols perdidos por Enner acabaram custando muito caro. Já aos 36 minutos, Cano arrancou em velocidade e abriu na frente para Kennedy, que tocou por cima de Rochet. Renê ainda tentou cortar, mas não conseguiu evitar a entrada da bola: 1 a 1. Beira-Rio em silêncio.
A virada tricolor não demorou muito, com os mesmos protagonistas. Cano iniciou o ataque e abriu na direita para Yony González. O ponta mandou na área para Kennedy, que deixou ela passar para encontrar o artilheiro. A bola procurou. Cano mandou ela para dentro. 2 a 1 Fluminense.
A classificação tricolor não veio sem drama nos acréscimos. Luiz Adriano, de cabeça, quase buscou o empate para o Colorado. Fábio fez uma defesaça. O drama durou cinco minutos. Mas o apito final deu mais uma chance de o Flu decidir o título mais importante da América diante de sua torcida.
Fonte: Ogol
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