Em uma semana marcada por reações de celebridades americanas sobre o risco das chamadas deepfakes, figuras influentes em Hollywood e nas redes sociais estão denunciando imagens criadas por inteligência artificial (IA) que usam suas imagens para fins fraudulentos, lançando luz sobre questões legais e éticas em torno dessa tecnologia em expansão.

Celebridades e deepfakes

Hollywood x Deepfakes

A indústria do entretenimento de Hollywood está no epicentro da batalha contra os deepfakes de IA. A tecnologia de IA tornou possível recriar digitalmente atores em qualquer idade, levantando questões legais e éticas significativas.

O Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists (SAG-AFTRA) está em greve contra os principais estúdios de Hollywood, com uma das principais preocupações sendo a proteção da imagem, voz e desempenho de seus membros contra o uso não autorizado de deepfakes.

O sindicato busca garantir que os estúdios não possam treinar IA para criar performances com base no trabalho existente de um ator, preservando assim a integridade de seu trabalho e sua imagem pública. As discussões em andamento sobre as implicações legais e éticas do uso de deepfakes em Hollywood destacam a necessidade de regulamentação e proteção para figuras públicas e artistas.

Redes Sociais sob pressão

As redes sociais desempenham um papel crucial na disseminação de deepfakes enganosos e estão sob crescente pressão para lidar com esse problema.

O popular criador de conteúdo do YouTube, MrBeast, denunciou recentemente um deepfake que o retratava promovendo um “golpe” de iPhone. Essa preocupação levanta questões sobre a capacidade das plataformas de mídia social em detectar e combater eficazmente deepfakes de IA.

A disseminação de desinformação por meio dessas imagens falsificadas é uma questão cada vez mais grave, e as redes sociais enfrentam o desafio de desenvolver estratégias eficazes para identificar e remover deepfakes prejudiciais.

O debate em curso sobre a regulamentação de deepfakes e a responsabilidade das plataformas de mídia social na prevenção de seu uso indevido destaca a necessidade urgente de abordar essa ameaça à integridade das informações e da imagem pública.