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Sem Felipão, Turra coleciona fracassos e deixa Portugal após seis jogos

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O passo a frente foi bem pensado, com anos de preparo como escudeiro de Luiz Felipe Scolari. Mas o primeiro ano da “nova carreira” de Paulo Turra como técnico não tem sido fácil. Depois de frustrações por Athletico Paranaense e Santos, Turra viu sua aposta de encontrar estabilidade no futebol português ruir em apenas seis jogos.

Nesta quarta-feira, Paulo Turra foi oficialmente destituído do cargo no Vitória de Guimarães. O modesto, mas tradicional time, entrou em acordo com o treinador para encerrar uma relação que se deteriorou rapidamente. Foram apenas seis jogos, com três derrotas, duas vitórias e um empate.

O momento definidor da passagem de Turra pelo Vitória foi a derrota para o Tondela, pela Taça da Liga de Portugal. O rival disputa a segunda divisão – e briga para não cair para a terceira – e a eliminação quebrou a confiança dos torcedores no potencial da equipe.

A aposta do Athletico Paranaense em Paulo Turra para 2023 não foi impulsiva. Pelo contrário. Turra sabia que o cargo seria seu, já que seu chefe, Felipão, tinha definido a mudança de carreira para trabalhar nos bastidores, aposentado “definitivamente” como técnico. Turra não teria comandado o Furacão não fosse por Scolari, mas foi também por ele que acabou demitido.

O primeiro trabalho de Turra como técnico principal em anos prometia dar estabilidade, e nada indicava uma demissão, apesar dos altos e baixos e críticas habituais vindas das arquibancadas. Os números foram até positivos, com 36 jogos, 26 vitórias, quatro empates e seis derrotas. Mas quatro das derrotas foram nas 10 primeiras rodadas do Brasileirão, em nível bem mais duro que no estadual, que terminou com título invicto. De qualquer forma, a queda veio como efeito colateral da saída de Felipão para o Atlético Mineiro, entendida como uma traição pela diretoria paranaense. O fiel escudeiro não resistiu, e também não quis seguir seu ex-mentor.

Turra, que teve carreira modesta como treinador principal antes de encontrar Felipão, recebeu nova oportunidade na elite. Desta vez o convite veio do Santos, um clube em situação financeira delicada e com a luta contra o rebaixamento como meta. A passagem foi meteórica e decepcionante. Em sete partidas, o Alvinegro Praiano venceu apenas uma. O clima, pesado, tornou sua sequência insustentável.

O estranho passo para o Vitória de Guimarães foi a forma de Paulo Turra deixar de lado a instabilidade no Brasil em busca de afirmação como técnico, em um clube que conhecia bem. Turra jogou em 2004/05 no time minhoto, depois de três temporadas em um dos principais rivais históricos da equipe do Norte de Portugal, o Boavista.

Assim como no Santos, Turra encontrou clima hostil. O técnico anterior, Moreno Teixeira, abandonou o barco depois de ser eliminado na fase preliminar da Conference League, com a sensação de que era preciso novo comando para recuperar o espírito da equipe. Algo que o brasileiro não conseguiu. A desconfiança de parte da torcida, pela contratação de um técnico pouco experiente e vindo de dois trabalhos questionados, também pesou.

A saída de Paulo Turra, no entanto, ocorre por conta do desempenho abaixo da crítica. Mesmo a vitória na última partida não impediu a impressão de um barco ainda sem rumo. A virada sobre o Estoril Praia só aconteceu depois de o rival ter um atleta expulso. O brasileiro não deixa saudades em Guimarães.

Fonte: Ogol

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