A revolução criada pela inteligência artificial no mercado de trabalho gera temores em relação a possíveis demissões em massa e até o desaparecimento de algumas profissões. Por outro lado, o avanço da IA criou novas oportunidades de trabalho até então inexistentes.
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Desenvolvedor interno de modelos de linguagem grande
Modelos de linguagem grande, como o ChatGPT, da OpenAI, exigem treinamentos em grandes quantidades de dados extraídos da internet. Isso é fundamental para que a tecnologia seja capaz de reconhecer, gerar e prever a linguagem em sequências.
Mas esse objetivo só pode ser alcançado a partir de desenvolvedores internos, profissionais que irão introduzir os modelos em novos padrões de palavras e que os equiparão para executar melhor funções como resumir o arquivamento do relatório anual de uma empresa ou orientar um cliente por meio de um processo de solicitação de empréstimo.
Esses profissionais projetarão o currículo para esse treinamento escolhendo dados novos e muitas vezes proprietários para executar os modelos. Eles habituarão os modelos ao juridiquês e ao significado financeiro de palavras como “juros” e “derivativos”, consultando-os e respondendo com feedback construtivo sobre suas respostas. Por fim, eles entregarão os modelos prontos aos funcionários e clientes.
Reskillers
À medida que a IA se torna capaz de assumir maiores cargas de trabalho do que os humanos, as pessoas precisarão atualizar suas habilidades para se manterem empregadas. Nesse cenário, os “Reskillers”, professores que ajudarão no desenvolvimento de novas competências profissionais para capacitação a um novo trabalho ou função, serão fundamentais para ajudar as pessoas a ficarem um passo à frente das máquinas.
Especialistas apontam que as empresas valorizarão cada vez mais especialistas que possam orientar esse desenvolvimento humano crítico. Eles precisarão entender os talentos que as organizações exigem à medida que a tecnologia avança.
Psicoterapeuta de IA
As empresas financeiras que dependem da IA para previsão e tomada de decisões precisarão de pessoas para prever os condutores do pensamento de um modelo. Isso porque as tecnologias existentes não são exatamente projetadas para atribuir pontuações de crédito, otimizar carteiras de investimento e prever saldos de liquidez.
Por exemplo, os clientes vão querer saber por que seus pedidos de empréstimo foram rejeitados. E os reguladores bancários exigirão que algumas decisões sejam explicadas.
Os psicoterapeutas de IA avaliarão a educação de um modelo, examinando seus dados de treinamento em busca de erros e fontes de viés. Eles podem até realizar perguntas de teste para a tecnologia. Empresas como IBM, Google e Microsoft estão correndo para lançar novas ferramentas que quantificam e mapeiam os processos de pensamento de uma IA, mas eles exigem que as pessoas interpretem seus resultados.
Entender o raciocínio de uma IA será apenas metade do trabalho. A outra parte será garantir a aptidão mental de um modelo para a tarefa em questão.
Engenheiro Pronto
Fonte: Olhar Digital
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