Autoridades de Taiwan estão investigando quatro empresas da ilha acusadas de ajudar a Huawei a estabelecer instalações de fabricação de chips semicondutores no sul da China. Se confirmada, essa “colaboração” pode gerar punições, uma vez que o ato violaria as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos, e seguidas por aliados, como é o caso dos taiwaneses, contra Pequim. O braço de ferro entre norte-americanos e chineses no setor da tecnologia tem sido chamado de a “guerra dos chips“.
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Entenda o caso
A investigação, lançada pelo Ministério de Assuntos Econômicos de Taiwan, foi aberta após acusações de irregularidades serem divulgadas na imprensa. O ministro de Assuntos Econômicos da ilha, Wang Mei-hua, garantiu aos legisladores que nenhuma violação foi confirmada até o momento.
Wang ainda afirmou que as empresas em questão ofereciam principalmente serviços relacionados a águas residuais e processos de proteção ambiental e não lidavam com tecnologia considerada crítica.
A Topco Scientific é uma das empresas investigadas e confirmou seu envolvimento em esforços de proteção ambiental, mas negou qualquer transação envolvendo materiais ou equipamentos semicondutores com a Huawei.
A outra empresa, a United Integrated Services, reconheceu o envolvimento de sua subsidiária chinesa na renovação do interior de uma fabricante de semicondutores supostamente ligada à Huawei. A empresa enfatizou sua conformidade com todas as leis e regulamentos relevantes em várias jurisdições.
Essas empresas taiwanesas supostamente estariam, de acordo com as denúncias, ajudando a Huawei a construir uma rede de fábricas de chips no sul da China. A situação é especialmente sensível devido às tensões entre a ilha e Pequim e em função das eleições presidenciais de Taiwan, marcadas para janeiro de 2024.
As informações são da Gizmochina.
Guerra dos chips
Além de fomentar a produção nacional, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
Além disso, cidadãos americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
Importância dos chips semicondutores
Fonte: Olhar Digital
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