O ano de 2023 pode ficar marcado como o mais quente já registrado, alertou esta semana o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia. Para efeito de comparação, de janeiro a setembro, a média de temperatura global já está 1,4°C mais alta que nos anos 1850 a 1900 (período pré-industrial), acrescenta a entidade.

O último mês acompanhou essa tendência e foi o setembro mais quente já registrado globalmente.

O setembro mais quente

A mudança climática não é algo que acontecerá daqui a dez anos. A mudança climática está aqui

Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus

Calor extremo
Imagem: Marc Bruxelle/Shutterstock

Os efeitos também foram sentidos por aqui. A cidade de São Paulo foi uma das capitais que também registrou o setembro mais quente da história, com temperatura até 5°C acima da média para o mês, segundo registros do Inmet que começaram em 1943.

Coincidentemente, o dia mais quente do ano na capital paulista foi no dia 24 de setembro, com 36,5°C nos termômetros.

Culpa do El Niño?

Os pesquisadores dizem que a combinação do El Niño, fenômeno que aquece as águas no Pacífico oriental e central, com as mudanças climáticas são fatores que contribuem para os novos recordes de temperatura.

A temperatura média da superfície do mar (exceto zonas polares) também foi a mais alta já vista em setembro, revela o relatório do Copernicus: 20,92°C — a segunda mais alta de todas, atrás apenas de agosto de 2023, o que também gera fenômenos naturais mais extremos.

Comparativo com anos anteriores