Diversos substitutos às carnes — que inclusive imitam o gosto do alimento — já surgiram e tornam o ato de virar vegetariano mais fácil. No entanto, um estudo descobriu que a capacidade de manter uma dieta estritamente vegetariana a longo prazo (ou não) pode ter a ver também com a composição genética da pessoa.

Genética vs. vegetarianismo

Apesar de a indústria alimentícia avançar a ponto de imitar alimentos com uma precisão impressionante, poucos estudos se debruçaram sobre a relação deles com o corpo humano.

Dessa vez, uma pesquisa da Northwestern Medicine, em Chicago, resolveu entender a ligação entre a dieta vegetariana e a genética. Para isso, Dr. Nabeel Yaseen, professor emérito de patologia da instituição, partiu do questionamento se todos os humanos seriam capazes de aderir a uma dieta estrita (sem nenhum tipo de carne, frango ou peixe) a longo prazo.

(Foto: Foxys Forest Manufacture/Shutterstock)

Estudo

Tindle: Carne vegetal com gosto de frango
Tindle: Carne vegetal com gosto de frango (Créditos: Divulgação/Next Gen Foods)

Conclusões

Yaseen revelou que mais estudos ainda são necessários para detalhar a relação proposta, mas que já existem hipóteses. Uma delas é que algumas pessoas são mais propensas a manter uma dieta vegetariana a longo prazo porque têm mais facilidade de sintetizar a gordura endogenamente.

Já outras, que não têm, precisam desse componente vindo da carne. Possivelmente, esse grupo sem o gene sente uma vontade maior de consumir o alimento — e, por isso, não continuam com a dieta a longo prazo. O pesquisador destaca, também, outras questões para a dieta vegetariana, como aspectos religiosos e culturais.

Ainda é necessário avançar nas pesquisas na área. Yaseen reforça o potencial de ajuda à indústria alimentícia com recomendações dietéticas para produzir melhores substitutos das carnes.

O estudo pode ser lido na íntegra aqui.