O presidente designado para a próxima conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima, Sultan al Jaber, fez um apelo urgente neste domingo (08). Durante a abertura da Semana do Clima no Oriente Médio e Norte da África, Al Jaber disse que os governos devem evitar “fantasias” ao considerar a transição das infraestruturas energéticas existentes em direção às metas climáticas.
Para quem tem pressa:
Ele enfatizou a necessidade de equilibrar a busca por soluções inovadoras com a realidade prática da situação atual. Al Jaber também argumentou que desativar o sistema energético existente antes de estabelecer uma alternativa viável não é nem prático, nem realizável.
Transição energética e metas climáticas
A comunidade internacional se encontra diante do desafio complexo de determinar como e quando gradualmente eliminar os combustíveis fósseis, em meio à crescente preocupação com o aumento das temperaturas globais.
Em 2015, na Conferência do Clima de Paris, os países se comprometeram a limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, um objetivo cada vez mais urgente.
A nomeação de Sultan al Jaber como presidente da COP28 gerou debates devido ao seu cargo como diretor da empresa nacional de hidrocarbonetos dos Emirados, a ADNOC. No entanto, ele recebeu apoio notável, inclusive do emissário climático dos EUA, John Kerry, por sua convicção de que a transição dos combustíveis fósseis é inevitável.
Enquanto alguns líderes do setor energético defendem a continuidade do investimento em energias fósseis para garantir a segurança energética, eles também contemplam uma transição futura para fontes mais sustentáveis.
Além da transição energética, o financiamento para combater as mudanças climáticas continua sendo um ponto crucial nas negociações. Países em desenvolvimento buscam apoio financeiro dos países mais industrializados para se adaptarem às consequências das mudanças climáticas.
Al Jaber reiterou a necessidade de cumprir promessas antigas, incluindo o compromisso de entregar US$ 100 bilhões (aproximadamente R$ 515 bilhões) por ano aos países em desenvolvimento.
A conferência na Arábia Saudita visa destacar os desafios e soluções em uma região particularmente vulnerável aos efeitos das mudanças climáticas. Com temperaturas extremas e escassez de água, mais de 60% da população na região tem acesso limitado ou nenhum acesso à água potável.
Fonte: Olhar Digital
Comentários