O governo da China planeja aumentar seu poder de computação em 50% até 2025. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (09) por Pequim e faz parte de um esforço nacional para acompanhar o ritmo dos Estados Unidos em aplicações de inteligência artificial (IA) e supercomputação.
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Aumento expressivo
IA: o plano chinês
A expansão do poder de computação é vista como fundamental para apoiar o desenvolvimento da inteligência artificial, que requer semicondutores avançados para processar grandes quantidades de dados. Como parte de seu projeto, a China quer se concentrar em áreas como armazenamento de memória e redes para transmissão de dados, e também planeja construir mais data centers.
Eles são necessários para que os jogadores de computação em nuvem aumentem sua pegada. Atualmente, muitos aplicativos de IA são vendidos por meio de serviços de computação em nuvem, como os oferecidos por gigantes chinesas, como a Alibaba, por exemplo.
O governo chinês ainda disse que a segurança da cadeia de suprimentos também será reforçada. Essa é considerada uma grande preocupação, uma vez que os EUA têm adotado medidas de controles de exportação e sanções contra Pequim. Em resposta, a China buscou aumentar as capacidades de suas indústrias domésticas.
Disputa entre EUA e China
Além de fomentar a produção nacional, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
Além disso, cidadãos americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
Fonte: Olhar Digital
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