Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a NASA criou um habitat impresso em 3D para simular a vida em Marte. Quatro voluntários foram selecionados para passar um ano vivendo na instalação, que fica no Centro Espacial Johnson, em Houston, no Texas. Eles embarcaram no fim de junho, com transmissão ao vivo pela NASA TV.
O grupo é formado por Kelly Haston (comandante), Ross Brockwell (engenheiro de voo), Nathan Jones (oficial médico) e Anca Selariu (oficial de ciência) – saiba mais sobre eles aqui.
Na última terça-feira (3), a tripulação atingiu a marca de 100 dias dentro da estrutura de 160 metros quadrados chamada Mars Dune Alpha, que é toda adaptada para as condições marcianas.
Dessa forma, os membros da missão inaugural do programa CHAPEA (sigla em inglês para Saúde e Desempenho da Tripulação em Exploração Análoga) vão experimentar um cenário totalmente compatível com o Planeta Vermelho durante os 378 dias de trabalho previstos.
Para reproduzir de forma fidedigna o ambiente marciano, o lugar é coberto com areia vermelha, com um pano de fundo de penhascos rochosos e não oferece ar livre, além de oferecer as mesmas temperaturas e pressão atmosférica de Marte.
Tudo para ajudar os cientistas da NASA a avaliar as respostas dos organismos dos participantes aos estímulos pelos quais eles vão passar durante toda a jornada, o que será útil no planejamento de missões futuras reais ao nosso cobiçado vizinho.
O que os tripulantes já fizeram em 100 dias de missão análoga a Marte
De acordo com um comunicado da NASA, a tripulação vem realizando diferentes tipos de atividades, incluindo caminhadas espaciais simuladas, operações robóticas, manutenção do habitat, higiene e cuidado pessoal, exercícios físicos e cultivo de plantas.
Eles capturaram e compartilharam periodicamente imagens da experiência – enfrentando o mesmo atraso de comunicação de até 22 minutos de Marte para a Terra.
As atividades são monitoradas por um aplicativo interativo que fornece prompts e links de documentos para as coisas que o time está programado para fazer.” Isso ajuda a nos manter dentro do cronograma e também permite que o controle da missão saiba que concluímos tarefas”, disse a comandante Haston em um e-mail enviado ao site collectSpace.
Segundo ela, a primeira coisa que cada um faz ao levantar pela manhã, às 6h diariamente, é se pesar. “Os cientistas que analisam a simulação querem coletar o máximo de dados possível e também garantir que estamos nos mantendo saudáveis”.
Confira abaixo algumas imagens da equipe nesses 100 primeiros dias de missão:
Fonte: Olhar Digital
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