A Nvidia, maior fabricante mundial de chips de IA, anunciou nesta segunda-feira (9) que está cancelando o evento IA Summit que aconteceria nos dias 15 e 16 de outubro em Tel Aviv, Israel. A decisão vem como uma medida de segurança após o Hamas, grupo de movimento islamista palestino, atacar o país no último sábado (7). 

O que você precisa saber: 

Lamentamos informar que devido à situação atual em Israel, decidimos cancelar o AI SUMMIT. Nossos corações estão com todos os afetados pela situação. A segurança e o bem-estar de nossos participantes são nossa principal prioridade e acreditamos que este é o melhor curso de ação para garantir a segurança de todos. 

Nvidia em comunicado. 

De acordo com a CNBC, o evento também traria algumas novidades da Nvidia em IA generativa e computação em nuvem. O grupo, que sofre com a alta demanda de todo o setor por seus chips, aumentou sua receita em mais de 100% em seu segundo trimestre fiscal — além de US$ 6,7 bilhões em lucro líquido, um aumento de 422% ano a ano. 

Além de Huang, outras figuras importantes da empresa estavam planejadas para discursar no evento, tais como Kimberly Powell, vice-presidente de Healthcare; Deepu Talla, vice-presidente de computação incorporada e de ponta; e Gilad Shainer, vice-presidente sênior de redes e computação de alto desempenho.  

Executivos da Microsoft, Amazon Web Services, Snowflake e Lenovo também liderariam sessões, algumas patrocinadas. 

O que aconteceu em Israel? 

Na manhã de sábado (7), o grupo islâmico Hamas lançou uma sequência de mísseis contra Israel em uma operação de retomada de território. De acordo com o G1, os ataques atingiram prédios e veículos, causando estragos em diversas regiões do país e acionando as sirenes de emergência em várias partes, incluindo grandes cidades, como Tel Aviv e Jerusalém. 

O governo de Israel pediu para os cidadãos seguirem instruções de segurança, mas prometeu uma resposta ao grupo. Em um balanço divulgado no domingo (8), autoridades indicaram que ao menos 1.120 pessoas já morreram, sendo 700 em Israel, 413 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia. Milhares ficaram feridos.