Os para-raios são estruturas metálicas pontiagudas posicionadas em lugares elevados e conectados à Terra por fio condutores, oferecendo um caminho de baixa resistência e seguro para descargas elétricas, evitando incêndio e electrocussões. Agora, mais que isso, por meio de um laser, pesquisadores conseguiram desviar o caminho percorrido por eles pela primeira vez.

O avanço surge 270 anos depois que os pára-raios convencionais, ou para-raios de Franklin, foram inventados e reforçam a capacidade da humanidade de controlar forças anteriormente temidas. Os esforços da pesquisa, recentemente publicada na revista Nature Photonics, começaram no laboratório quando pesquisadores demonstraram que um laser pode ionizar o ar e fazer com que faíscas de 2 milhões de volts saltem ao longo de seus canais de baixa densidade.

Depois disso, a equipe liderada por Aurélien Houard, da ENSTA Paris, colocou uma máquina de laser do tamanho de um carro próximo a uma torre na Montanha Säntis, na Suíça. O local foi escolhido porque é anualmente atingido por mais de 100 raios.

Estudos nesse campo de pesquisa já são realizados a cerca de 20 anos, mas só agora foi possível experimentalmente desviar um raio. Os pesquisadores apontam que o sucesso é devido à utilização de pulsos de laser mais rápidos, cerca de mil por segundo.

Reconstrução artística do desvio de uma descarga elétrica por meio de um laser

Desvantagens do uso do laser para desviar raios

Apesar de ser extremamente legal conseguir desviar um raio, a técnica apresenta mais desvantagens do que vantagens:

A única vantagem seria utilizar o laser em momentos onde uma haste estacionária não resolveria o problema, como pessoas se movimentando em campo aberto.