Já virou senso comum que áreas de natureza dentro de grandes cidades são benéficas tanto para o meio ambiente quanto para a qualidade do espaço e da vida dos moradores. No entanto, cientistas da Universidade de Liverpool resolveram se debruçar sobre isso ainda mais fundo e analisaram a relação dos espaços verdes e azuis (correspondentes a lagos, por exemplo) com a desigualdade socioeconômica e como isso afeta a saúde mental.
Espaços verdes vs. desigualdade econômica vs. saúde mental
Pode parecer complexo — e é. No estudo, os pesquisadores não só analisaram o benefício de saúde para os moradores de áreas com vegetação ou natureza, mas como isso está atrelado à posição socioeconômica e, por sua vez, impacta a saúde mental.
Segundo o site Medical Xpress, para fazer isso, a professora Sarah Rodgers e a Dra. Rebecca Geary, pesquisadoras do Departamento de Saúde Pública, Políticas e Sistemas da Universidade de Liverpool, se uniram com pesquisadores internacionais para obter anonimamente registros de espaços verdes e azuis e registros de casos de ansiedade e depressão de mais de 2 milhões de adultos no País de Gales.
Os efeitos desses espaços na saúde mental já são amplamente documentados, mas elas usaram uma base de dados correspondente a 10 anos, o que torna o nível de compreensão muito mais extenso.
Diferença entre índices de ansiedade e depressão
E agora?
As pesquisadoras destacaram que esses resultados apoiam a busca por investimento em espaços públicos com áreas verdes e azuis, especialmente em áreas menos favorecidas economicamente.
No entanto, elas lembram que ainda é necessário se aprofundar nas razões exatas pelas quais as pessoas nessas regiões de baixa renda absorvem de forma diferente a exposição às áreas de natureza.
Fornecer espaços urbanos verdes e azuis também pode trazer co-benefícios adicionais de criação de emprego ou de alimentos, promoção da biodiversidade, prevenção de inundações e sequestro de carbono, constituindo um investimento social e de saúde pública.
Rebecca Geary
Fonte: Olhar Digital
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