Por Marina Correia, gerente de produtos de monitores da Samsung Brasil
Nos últimos anos, o universo dos jogos eletrônicos tem passado por uma incrível – e muito benéfica – transformação. Não apenas em termos de oferta de tecnologia e opções de entretenimento, mas também na maneira como enxergamos e valorizamos a diversidade nos games, uma forma de expressão que representa e se encaixa tão bem em nossos tempos atuais.
Mais do que nunca, hoje, é fundamental destacar a presença e a importância das mulheres neste cenário e entendermos como isso impacta diretamente no nosso mercado. Os games não são uma exclusividade masculina – na realidade, nunca foram, acontece que temos cada vez mais dados, estudos e um declarado interesse dos principais stakeholders que corroboram com o óbvio: não há cenário gamer sem elas.
A presença das mulheres nos jogos eletrônicos é cada vez mais notável. Elas não apenas jogam, mas também criam, desenvolvem e contribuem para a indústria de forma ativa. Seja como jogadoras profissionais, desenvolvedoras, artistas gráficas, streamers e até mesmo fãs, as mulheres continuam deixando sua marca e elevando os padrões de exigência na comunidade. Isso é importante não apenas por questões de representatividade, mas também porque amplia a diversidade de perspectivas e experiências no desenvolvimento e no consumo de jogos.
Valorizar diferentes perfis de consumidores gamers é essencial para uma indústria que busca evoluir e crescer de forma constante. Nesse sentido, as mulheres representam uma parcela significativa do mercado, e ignorar suas preferências e necessidades é um erro drástico de estratégia. Segundo a pesquisa Gamer Brasil de 2023, por exemplo, 69,8% das mulheres no país jogam games eletrônicos, e, pelo quinto ano consecutivo, o público feminino é maioria entre gamers brasileiros, representando 53,8% dos jogadores. O cenário global é semelhante.
Portanto, às empresas é crucial abrir diálogos cada vez mais assertivos e tê-las sempre em mente ao criarem estratégias dos novos produtos e, claro, contar com um plano de comunicação direcionado a esse público.
Isso inclui campanhas de marketing que representem de forma autêntica as mulheres neste segmento, seja mostrando-as jogando, torcendo, desenvolvendo e, consequentemente, se destacando nesse meio. Dessa forma, outras marcas podem se inspirar para se envolverem e, ao mesmo tempo, mostrarem que elas não são apenas bem-vindas, mas essenciais nesses espaços.
Os grandes eventos do gênero, como a BGS (Brasil Game Show), que acontece na primeira quinzena de outubro em São Paulo, é o exemplo perfeito de oportunidade que pode fortalecer o renovado compromisso de inclusão. Agendas como essa oferecem um ambiente propício para que as companhias possam conhecer o público mais a fundo, além de apresentar produtos e soluções em detalhes e aproveitar para fomentar todo tipo de interação positiva com a comunidade.
A presença e a importância das mulheres no universo dos jogos eletrônicos são inegáveis, e valorizar os variados perfis de consumidores é essencial para o sucesso e crescimento da indústria como um todo. Precisamos fazer nossa parte para garantir que todas as vozes sejam ouvidas para, dessa forma, promover um ambiente cada vez mais criativo, inclusivo e acolhedor.
Fonte: Olhar Digital
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