Sexta-feira, Dezembro 5, 2025
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Você tem preferência de cerveja? Estudo mostra que seu cérebro pode te enganar

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Ao tomar duas cervejas diferentes, é possível notar que uma será mais forte que a outra, por exemplo. Inclusive, algumas marcas já foram associadas a essas características. No entanto, um estudo resolveu testar a verdade por trás dessa lógica e fez uma pegadinha com os voluntários: eles tomaram duas doses da bebida de duas marcas e notaram as diferenças entre elas, só para, depois, serem informados que se tratava da mesma cerveja.

Mesmo assim, homens e mulheres participantes apresentaram respostas cognitivas impressionantes.

pessoas brindando com copos de cerveja
Imagem:
iStock

Teste da cerveja

O estudo foi feito pela graduada em Matemática Aplicada a Negócios Natália Munari Pagan. Ela contou ao Jornal da USP que a resposta tem a ver com a neurociência aplicada à área de marketing. Ou seja: mesmo o cérebro não tendo notado diferença entre as supostas duas cervejas, o consumidor define sua “preferência”.

Ela aponta que o resultado da pesquisa mostra uma dissociação entre as respostas cerebrais (obtidas por meio da eletroencefalografia) e emocionais das declarações dos participantes, 40 voluntários consumidores de cerveja com mais de 18 anos.

O que quer dizer que, no nível inconsciente, o cérebro não notou diferença entre as informações das marcas, mas conscientemente as pessoas acreditavam haver diferença entre as marcas que estavam tomando. O resultado pode ser justificado pela força da marca, que atua sobre as crenças e motivações pessoais dos consumidores.

Natália Munari Pagan

Método

A pesquisa monitorou a atividade cerebral dos voluntários conforme eram apresentados com as informações usando a eletroencefalografia, um dispositivo em forma de tiara colocado diretamente no couro cabeludo. O aparelho capta diferentes ondas cerebrais, associadas, por exemplo, a relaxamento, tensão, alerta e sono.

Esse método ajuda a entender como o cérebro humano responde a certo tipo de marketing e norteia pesquisas na área.

Porém, Pagan reconhece que há limitações em usar apenas esse aparelho e, para pesquisas mais aprofundadas, deve-se usar mais formas de avaliação, como movimentos dos olhos, suor da pele e nível de excitação dos consumidores.

Eletroencefalografia (Imagem: Manual do Emotiv Epoc (2020)

Preferência de cerveja?

Fonte: Olhar Digital

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