Está chegando o grande dia! Depois de quase três décadas, o Brasil, finalmente, vai voltar a testemunhar a Lua passando entre a Terra e o Sol, causando um eclipse solar – desta vez, com uma particularidade: os céus de alguns pontos específicos do continente americano vão ganhar um “Anel de Fogo”.
Popularmente, é assim que é chamado o eclipse solar anular, como o deste sábado (14). Por estar mais longe da Terra, próxima ao ponto mais distante do planeta (chamado de apogeu), a Lua estará bem menor. Assim, quando passar na frente do Sol, ela vai tapar apenas o centro do astro, ficando no meio de um belíssimo aro dourado (saiba mais detalhes aqui).
Embora todo o país possa observar frações do eclipse (alguns lugares um pouco mais, outros, um pouco menos), apenas determinadas cidades das regiões norte e nordeste verão 100% da anularidade.
Se você não está nesse trecho privilegiado, não se preocupe. O evento será transmitido online, ao vivo, a partir das 14h, em todas as plataformas do Olhar Digital, em uma live superespecial com a participação de convidados e imagens exclusivas de diversos pontos do país – e com direito a algumas “espiadinhas” em outros lugares das Américas.
O que vai acontecer durante o eclipse solar?
De acordo com a linha do tempo formulada pela plataforma de meteorologia Time and Date, (com cronometragem aproximada, já que os eclipses não são todos exatamente iguais) o passo a passo do eclipse solar é o seguinte:
Ocorre o primeiro contato entre a borda da Lua e a borda do Sol. Os óculos próprios para eclipse devem ser usados desde o início do evento, para evitar danificar seriamente os olhos.
Neste momento, um quarto da área do disco do Sol está coberto pela Lua.
Conforme a Lua encobre o Sol, a quantidade de energia solar que chega ao solo diminui, causando uma queda na temperatura do ar.
As bordas das sombras que estão alinhadas com o crescente estreito do Sol começam a ficar mais nítidas; as bordas que estão em ângulos retos com a forma crescente do Sol permanecem mais borradas.
Com cerca de dois terços do disco do Sol agora coberto pela Lua, o céu começa a ficar visivelmente mais escuro.
As condições no solo e na atmosfera continuam mudando à medida que a quantidade de energia solar diminui – a sombra da Lua pode causar pequenas variações na força e direção do vento.
Os arredores começam a escurecer, enquanto as cores começam a ficar acinzentadas. Neste momento, a Lua agora eclipsa mais de 75% do disco do Sol.
O comportamento de animais e plantas começa a ser afetado pela queda dos níveis de luz, como se a noite tivesse chegado cedo.
Pouco antes da anularidade, contas de luz solar fluem através de vales ao longo da borda da Lua.
O momento em que o Sol forma um anel ao redor da Lua é chamado de segundo contato. O fino círculo de luz solar que permanece ainda é perigoso a olho nu – os óculos de eclipse NÃO devem ser removidos em hipótese alguma.
O Sol brilha como um deslumbrante anel ao redor da silhueta escura da Lua.
O ponto mais profundo do eclipse, quando o Sol está mais escondido atrás da Lua. Este é mais ou menos o meio do caminho: as características do eclipse agora se repetem em ordem inversa.
Neste momento, em que a borda da Lua expõe o Sol, ocorre o chamado terceiro contato, quando o eclipse deixa de ser anular para ser parcial. Um novo conjunto de contas de Baily aparece ao longo da borda da Lua, sinalizando o início da segunda fase parcial do eclipse.
Quando “a noite volta a ser dia”, animais e plantas retomam seus padrões habituais de comportamento.
As condições do céu e arredores começam a voltar ao normal, e um efeito chamado defasagem térmica provoca ligeiras mudanças de temperatura.
Faltando cerca de meia hora para o eclipse chegar ao fim, 25% do disco do Sol permanece coberto pela Lua.
O momento em que a borda da Lua deixa a borda do Sol é chamado de quarto contato. Embora o eclipse tenha terminado aí, a sombra da Lua continua a viajar pelo globo de oeste para leste.
Fonte: Olhar Digital
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