Pesquisadores da Harvard Medical School e da Universidade de Oxford desenvolveram ferramenta baseada em inteligência artificial (IA) que pode prever possíveis variantes virais. A EVEscape funciona com base em dois elementos, sendo um modelo de sequências evolutivas e informações biológicas e estruturais detalhadas sobre o vírus.

“Queremos saber se podemos antecipar a variação dos vírus e prever novas variantes – porque, se pudermos, isso será extremamente importante para o desenvolvimento de vacinas e terapias”, afirma Debora Marks, autora sênior do estudo.

A ferramenta

O projeto surgiu como EVE, abreviação de “modelo evolutivo de efeito variante”. A princípio, o núcleo do EVE era um modelo generativo que aprende a prever a funcionalidade das proteínas com base em dados evolutivos em larga escala entre espécies. 

Com o avanço da pandemia causada pela Covid-19, a equipe decidiu expandir o projeto com análises aprofundadas sobre previsões virais. Assim, eles decidiram reformular a ferramenta de IA – que passou a se chamar EVEscape.

“Estamos pegando informações biológicas sobre como o sistema imunológico funciona e colocando-as em camadas com nossos aprendizados da história evolutiva mais ampla do vírus”, disse Nicole Thadani, co-autora do estudo.